Foi uma canseira para o alto escalão. Mas o governo tanto repetiu que dias melhores estavam contratados, e ainda estão, que os mercados explodiram em entusiasmo aos primeiros indicadores econômicos que superaram expectativas.
Capricho do calendário, sorte ou competência do governo – quesito nem sempre considerado –, as informações positivas se multiplicaram rapidamente após a apresentação do pacote de investimentos em infraestrutura que recolocou o setor privado como catalisador dos grandes projetos no Brasil. Com uma mãozinha do cenário externo – favorecido por dados comportados da economia americana e pelo reconhecimento do governo chinês de que há espaço para o relaxamento da política monetária –, a bolsa brasileira disparou, os juros também e o dólar caiu.
E o otimismo desenfreado no fechamento dos mercados pode engatar nova marcha caso o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de junho, que sai daqui a pouco, confirme que os dias melhores, enfim, chegaram.
O IBC-Br é visto pelo mercado como uma espécie de indicador antecedente do PIB brasileiro. A projeção média de 11 instituições consultadas pelo Valor Data, o indicador do BC deve avançar 0,73% em junho, na comparação com maio, feitos os ajustes sazonais. Esse dado permitirá uma leitura sobre o primeiro semestre. Se agradar, teremos mais um momento de alegria. Se desagradar, corre o risco (fácil) de ser classificado como “águas passadas”.
O avanço de 1,5% em junho no volume de vendas do varejo restrito, que exclui veículos, motos e material de construção, acima do esperado por bancos e consultorias, foi uma das boas novas que embalaram o otimismo da quinta-feira. O índice ampliado subiu 6,1%. A redução do IPI dos carros ajudou.
A criação de 142.496 vagas formais de trabalho em julho na economia brasileira foi outra dádiva ontem. O resultado apresentado pelo Caged também superou as projeções mais otimistas.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reportou que o Índice de Confiança do Empresário Industrial avançou de 53,3 pontos para 54,5 pontos entre julho e agosto – levantando do menor patamar alcançado desde abril de 2009.
A Serasa Experian informou que o Indicador de Perspectiva da Inadimplência das Empresas e dos Consumidores aponta que ambos devem reduzir o volume de dívidas com pagamentos atrasados no segundo semestre. Logo, boas notícias virão para a inadimplência.
Em tempo: Tem dinheiro de fora chegando e olha só um bom sintoma – das 67 ações que compõem o Ibovespa, apenas três fecharam o pregão em baixa.
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Estou com os dedos cruzados. Mas aqui na firma o movimento cresceu muito.
Que continue o entusiasmo.
Estamos no meio de agosto, esperando índice de junho para resolver se ficamos alegres ou tristes!
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