Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Economia brasileira avança 0,2% no trimestre

Resultado veio abaixo do esperado por analistas. Atividade agropecuária cai 7,3% no período e puxa a desaceleração econômica

Anna Carolina Rodrigues
Parque industrial de uma das fábricas da Aracruz Celulose da empresa Fibria

Indústria tem novamente desempenho negativo puxa a desaceleração econômica no trimestre (Divulgação)

A economia brasileira avançou 0,2% no primeiro trimestre de 2012, em relação ao quarto trimestre do ano passado, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto (PIB) do país alcançou a marca de 1,033 trilhão de reais no período. O resultado veio pouco abaixo do esperado pelo mercado - entre 0,3% e 0,7%.

No primeiro trimestre de 2011, a economia brasileira havia crescido 1,3% na mesma base de comparação. Contra o primeiro trimestre de 2011, o PIB brasileiro cresceu 0,8% na medição divulgada nesta sexta. Nos últimos quatro trimestre, o PIB brasileiro acumulou crescimento de 1,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Diante do desempenho frustrante da economia brasileira em um período em que o governo lança todos os seus esforços para estimular o consumo, a expectativa dos analistas é de mais medidas sejam anunciadas para acordar a adormecida pujança do PIB nacional. Entre elas estão a redução do compulsório dos bancos e novos cortes de juros nos próximos meses. Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu pelo corte de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, levando-a ao patamar mais baixo da história: 8,5% ao ano.

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Na relação deste primeiro trimestre com o último do ano passado, a indústria cresceu 1,7% e serviços 0,6%, mas a agropecuária caiu 7,3%. O consumo da administração pública subiu 1,5% e o das famílias, 1,0%. A formação bruta de capital fixo caiu 1,8%.  No que se refere ao setor externo, as importações de bens e serviços cresceram em ritmo superior ao das exportações: 1,1% contra 0,2%. Em valores correntes, o consumo das famílias contribuiu com a maior parcela do PIB, ao somar 658,9 bilhões de reais, seguido pelos setores de serviços (602,0 bilhões de reais) e industrial (229,5 bilhões de reais). 

Opinião - Segundo analistas ouvidos pelo site de VEJA, o resultado pode ser atribuído à dicotomia observada nos últimos meses entre o setor de serviços e o desempenho industrial. O dado da produção industrial divulgado nesta quinta-feira mostrou queda de 0,2% em abril frente a março. Trata-se da segunda queda consecutiva e a terceira variação negativa mensal no ano. O desempenho do setor de serviços é satisfatório, mas não tem sido exuberante a ponto de compensar o setor industrial. 

Para Tatiana Pinheiro, economista do Santander, o setor de serviços deve crescer 1% e manter-se acima da média da economia, enquanto o setor industrial deverá permanecer em baixa.  “Olhando pelo lado da demanda, em termos de renda, o crescimento, ainda que baixo, ocorre devido ao bom desempenho do consumo das famílias. Ele é prejudicado, sobretudo, pelo ambiente internacional incerto, que espanta investimentos”, afirma. Para ela, o cenário ainda é positivo porque é reflexo do aumento do salário mínimo e de um mercado de trabalho aquecido. "Olhando friamente os números, é uma evolução positiva", afirma.

Analistas avaliam que, a partir do segundo semestre, a economia brasileira volte a se movimentar, considerando que a política monetária tem defasagem de 6 a 9 meses para impactar o mercado. A surpresa - e preocupação - virá se no segundo semestre os dados continuarem fracos. “A melhora deve vir especialmente nesse período como impacto das medidas de estímulo que o governo têm adotado. Mas isso não vai ser suficiente para que o PIB cresça acima de 3% este ano”, avalia Flávio Serrano, economista sênio do BES Investimento.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/economia-brasileira-avanc...

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