Confuso? Embora a economia portuguesa deva sair reforçada com um acordo de comércio entre a UE e os EUA, metade dos sectores em análise deverão sofrer quebras de produção. A indústria têxtil é a que mais ganha.
O estudo de impacto encomendado pelo Governo português ao Centro de Investigação de Política Económica (CERP, na sigla em inglês) calcula pela primeira vez os efeitos do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) para a economia nacional. Entre as principais conclusões para o curto prazo está um crescimento do PIB no valor de 1,2 mil milhões de euros e a criação de 40.500 postos de trabalho. No entanto, nem todos os sectores ficarão a ganhar.
O estudo mostra que o sector que mais deverá beneficiar é, de longe, a indústria têxtil, onde as exportações crescerão mais de 30%, o emprego 17% e a produção 18%. Isto deve-se ao facto de as exportações portuguesas estarem "mais concentradas em sectores que beneficiarão da eliminação de direitos de importação elevados por parte dos EUA", pode ler-se no documento. "Por exemplo, os têxteis e vestuário representam 15,5% dos bens portugueses exportados para os EUA e têm direitos na ordem dos 8,8%, enquanto este sector representa apenas 2,4% das exportações de bens da UE no seu conjunto".
Se olharmos para as estimativas de evolução da produção, observa-se que 11 dos 21 sectores em análise deverão ter uma variação negativa no curto prazo. O destaque vai para a maquinaria eléctrica com uma quebra -12%, um sector que deverá registar contracções em toda a Europa.
Estas variações da produção são condicionadas por uma maior ou menor dinamização do comércio. Isto é, das exportações e das importações. Dos 21 sectores analisados, 15 verão as suas exportações cair (esperam-se as maiores contracções na maquinaria eléctrica e nos químicos). As vendas de têxteis ao exterior deverão crescer 30%. Quanto às importações, a estimativa aponta para um crescimento em todos os sectores, excepto nos têxtil.
Já o emprego replica a tendência esperada para a produção, mas os ganhos são ainda mais limitados. Entre os empregos menos qualificados, apenas no sector têxtil e na construção haverá aumento do número de postos de trabalho. Para as qualificações médias e elevadas, as indústrias têxtil, finanças, seguros e construção deverão ter ganhos de emprego.
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