OJE/Lusa
A maioria dos 150 trabalhadores da fábrica Fidar votou hoje a favor do encerramento da empresa, apesar de terem continuado a mostrar-se divididos no tribunal de Guimarães.
"O sindicato cumpriu a vontade dos trabalhadores", refere Francisco Vieira, coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, em Guimarães.
Em assembleia de credores realizada no tribunal de Guimarães não foi aprovado o plano de insolvência da empresa têxtil Fidar, confirmando o desemprego de 150 funcionários.
A administração da fábrica defendeu sempre a viabilidade da fábrica apenas com 50 funcionários, rescindindo o contracto de trabalho com os restantes 100.
A fábrica, localizada na freguesia de Gondar, está encerrada desde Agosto de 2008. Os trabalhadores permaneceram então no interior das instalações, impedindo a saída de bens. No dia 20 de Agosto a administração da empresa solicitou a intervenção da GNR para retirar os funcionários do interior da fábrica, aumentando a divisão entre os 150 funcionários.
Na assembleia realizada esta manhã a divisão dos trabalhadores voltou a ser notada; 50 trabalhadores votaram a favor da laboração da empresa e os restantes votaram contra.
Entre os credores, 40% votaram contra, e 32,7% favoravelmente, tornando impossível a reunião dos três terços de votos necessários para a viabilização do plano.
O Banco Comercial Português, que representa 27,2% dos votos, vai votar, por escrito, nos próximos dez dias.
Após a votação de todos os credores, o tribunal vai declarar a insolvência de Fidar, conduzindo à apreensão dos bens móveis e imóveis da empresa de Guimarães.
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI