Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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EM PORTUGAL - Exportações têxteis em risco devido a queda do dólar

Fonte:|rr.pt/informacao|

O sector têxtil antecipa quebras nas exportações em resultado da contínua desvalorização do dólar face ao euro. Em causa está uma redução de mais de 5%.
As contas são da Associação dos Têxteis de Portugal, que admite uma redução significativa nas encomendas nacionais.

“Se o dólar se desvalorizou relativamente ao euro cerca de 20% desde o início do ano, podemos dizer que entre 5% e 6% das nossas exportações serão perdidas, ou mais”, afirma João Costa, presidente daquela associação.

O euro sofria, esta manhã, uma valorização de 0,38% e estava a valer 1,477 dólares. Desde Abril que a moeda única europeia regista uma valorização quase contínua face à divisa norte-americana, penalizando as exportações portuguesas para os Estados Unidos e, em particular, o sector têxtil.

A melhor maneira de minimizar o impacto da valorização do euro face ao dólar, defende João Costa, é diversificar a oferta e melhorar a eficiência na produção. É, contudo, um combate difícil, agravado pela concorrência agressiva dos mercados asiáticos.


Queda do dólar dificulta conquista de novos mercados

Alfredo Jorge Moreira, director executivo da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado), considera que a principal desvantagem da sucessiva desvalorização da moeda norte-americana é a dificuldade em conquistar mercados fora da Europa.

“A generalidade das exportações está concentrada no espaço da União Europeia, mas nas exportações para outros espaços, as peças em euros tornam-se menos competitivas”, explica.

O economista João Duque, presidente do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), também não vê com bons olhos a depreciação do dólar, considerando que não se traduz numa boa notícia para a economia, nem para o equilíbrio geopolítico internacional.


Exportações caíram 22% em 2008

O volume das exportações portuguesas para os EUA segue a tendência de 2008, quando recuou mais de 22%, revela, à Renascença, Graça Didier, secretária-geral da Câmara de Comércio Luso-Americana.

O facto de este volume já ser reduzido faz com que o impacto imediato da desvalorização do dólar não seja tão significativo quanto se poderia pensar, acrescenta a responsável.

“O que é necessário é que as empresas mantenham a calma e os contactos”, afirma, confiante de que “melhores dias virão”.


Árabes ponderam substituição do dólar

Os países árabes estarão a ponderar, juntamente com a China, a Rússia, o Japão, o Brasil e a França, uma eventual substituição da moeda norte-americana por um cabaz de divisas que inclua o euro nas transacções comerciais de petróleo.

Nuno Ribeiro da Silva, antigo secretário de Estado da Energia, considera ser cedo para saber o perfil de uma solução como a apontada na notícia avançada pelo jornal britânico "The Independent".

Susbstituição do dólar por cabaz de divisas é pouco provável
“Certo é que para os Estados Unidos também não é confortável a situação que vive a sua moeda”, considera.

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