Caio Fulgêncio Do G1 AC
Mais um recrutamento de imigrantes teve início no abrigo do Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, na capital acreana, na segunda-feira (5). Um consultor financeiro, pela terceira vez no estado, seleciona 42 homens para trabalharem numa indústria têxtil na cidade de Pomerode, em Santa Catarina. A viagem deve ocorrer na quarta-feira (7).
O consultor Paulo Leszczynski explica que com essa novos recrutados, a empresa já contratou 92 imigrantes. Segundo ele, o motivo para recorrer a essa mão de obra é principalmente a carência de pessoas que se interessam pelo trabalho no município catarinense. As vagas estão distribuídas entre a produção de roupas, cozinha e limpeza.
Dentre os benefícios oferecidos, além de se responsabilizar pelo transporte, a empresa subsidia alojamento por seis meses, alimentação por dois meses, cartão alimentação, médico. Já a remuneração gira em torno de R$ 900, com reajuste mediante a desempenho do funcionário.
"Como se está buscando pessoas refugiadas, na condição de adaptação no país, é preciso criar uma condição mais digna. Nós estamos levando 42 pessoas que vão ficar no mesmo alojamento, então só serão homens. Até por uma questão de respeito. Seria muito difícil coordenar uma atividade de homens e mulheres no mesmo alojamento. Não se pode criar uma condição que propicie algo desfavorável", explica.
Um dos contratados pela empresa é o haitiano Amisial Barthony, de 18 anos, de Gonaives. Ele conta que já possui um primo em Curitiba e uma sobrinha em Cuiabá. No Haiti, já trabalhou como jogador de basquete, pintor e serralheiro. Ele conta que, no momento, não possui esperança de reencontrar a família devido à falta de condições financeiras. No entanto, está esperançoso com o novo trabalho. "Estou com mais esperança de trabalhar no desenho das camisetas do que na produção", diz.
Além do consultor para o ramo têxtil, também está em Rio Branco um representante de uma empresa do ramo da avicultura, que almeja recrutar força de trabalho para um frigorífico em Lindóia, também em Santa Catarina. Ademir de Souza conta que esta é a primeira visita ao estado e a data das contratações ainda não estão definidas.
"Nós, no frigorífico de Lindóia, estamos com 100 vagas em aberto, mas não significa que vamos levar os 100. A diretoria vai decidir quantas pessoas, a gente vai vir com uma equipe para fazer a contratação. Eu vim para entender como funciona o processo, conversar, ver como funciona a questão da contratação", explica.
Souza confirma que o motivo para a empresa buscar mão de obra dos imigrantes é a carência em Lindóia. Ele diz que as vagas nesse frigorífico da empresa estão abertas há três meses. "Acabou se tornando uma alternativa. E tem também os comentários que a gente está escutando de outras empresas, que é uma mão de obra que está funcionando, tendo uma boa aceitação no mercado", acrescenta.
http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/05/empresa-de-sc-volta-ao-...
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