Segundo Eric Alencar, chefe da área financeira do Carrefour, há uma melhora no consumo em 2024, e o ano tem sido melhor que 2023, com emprego e renda em recuperação, mas há dois movimentos.
“Vemos que 20% dos compradores com maior padrão de consumo foram para a compra de itens saudáveis, e, ao mesmo tempo, de 20% a 30% estão indo para o produto mais barato possível, que é esse consumidor de atacarejo. E adaptamos nossa loja a isso”, disse Alencar.
“Mas o consumidor ainda está endividado e temos menos aprovações (de crédito) do que antes da pandemia”, disse ele.
Na avaliação de Jorge Faiçal, CEO da Plurix, empresa de investimentos em varejo do Pátria, houve um aumento de endividamento de varejistas após a pandemia, quando juros estavam em torno de 2% ao ano; mas, com aumento da taxa Selic, empresas ficaram alavancadas e ainda num período pós-auge da pandemia, quando a venda alimentar desacelerou. Isso acabou pressionando os indicadores financeiros das empresa.
A Plurix soma R$ 10 bilhões em vendas anuais e já fez 12 aquisições de supermercados nos últimos anos, e neste momento, continua a avaliar compras. O grupo tem 180 lojas e avalia Estados onde já tem atuação.
“Estamos buscando players globais para aumentar o regionalismo sem canibalização das marcas entre si, zerado a dívida, mantemos a gestão e elevamos escala. E isso multiplica o valor da empresa em X vezes”, disse ele.
Segundo Faiçal, a empresa pode fazer saídas de investimento via abertura de capital ou por meio de um acordo com outro varejista do setor no futuro.
Comando do GPA
O presidente do GPA, Marcelo Pimentel, também presente no evento, disse que, por conta da necessidade de a empresa melhorar a sua estrutura de capital, um plano de compra de negócios no momento não faz parte dos planos da empresa.
O GPA se alavancou, nos últimos anos, e tratou de vender ativos após 2022 para reduzir essa pressão nos números.
Por Adriana Mattos
Fonte: Valor Econômico
https://sbvc.com.br/endividamento-ainda-afeta-consumo-e-planos-das-...
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