Para CNI, Firjan, Fecomércio e Abit, cenário eleitoral incerto pesou na decisão do Banco Central.
Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, uma redução dos juros neste momento seria importante para estimular o consumo das famílias e os investimentos das empresas e contribuiria para a recuperação mais robusta da economia. No entanto, ponderou Robson Andrade, a definição dos juros depende da evolução dos preços, da atividade e dos riscos para a economia.
— A manutenção dos juros em níveis baixos, sem impactos na inflação, exige que o próximo governo aprofunde o ajuste fiscal — disse Andrade.
A Fecomercio foi na mesma linha de Andrade e disse, por nota, que "apesar de a inflação estar dentro da meta, o câmbio está pressionado e as incertezas tornam os mercados mais cautelosos". "Manter a taxa de juros no atual índice foi a medida adotada para reduzir riscos", concluiu a entidade.
Para a Firjan, a manutenção foi "acertada", mas acrescentou que "precisamos retomar a agenda de reformas estruturais. Esse será o fator decisivo para a recuperação da atividade econômica, com inflação e juros em patamares baixos".
Já Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), frisou que mesmo com o piso histórico na taxa, os juros reais brasileiros "estão muito altos, se comparados à média internacional, afetando a competitividade do País".
De acordo com ranking elborado pelo economista Jason Vieira, da Infinity Asset Management, a taxa de juro real brasileira é a sétima maior do mundo apesar de estar no nível mais baixo já visto na nossa história recente.
— A questão primordial, porém, é que a queda da taxa básica de juros não chegou na mesma proporção às operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas, pois os spreads bancários continuam muito elevados — disse, para completar: — Estima-se que famílias, empresas e governos deverão pagar, em 2018, cerca de R$ 800 bilhões em juros, o que caracteriza uma transferência brutal de renda, que tira dinheiro dos setores produtivos e do consumo.
O presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, também defendeu a redução dos spreads bancários e a retomada da agenda de reformas "que equacionem o grave desequilíbrio fiscal".
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