Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Entre a Tentativa de Redução e o Mundo Real dos Impostos

O amplo conjunto de desvantagens que o mercado brasileiro - em qualquer esfera - tem à frente para se desenvolver é sinônimo de festividade para as indústrias estrangeiras. Desde tempos imemoráveis, o setor hoteleiro tem se deparado com este ponto paquidérmico da gestão pública e, agora, quando da latência e pujança do segmento para a economia do País, a pauta tornou à baila.

Primeiro no início do ano, quando o governo federal anunciou um pacote de medidas para aumentar o fluxo de turistas no País - que congregava barganhas como redução da tarifa para energia elétrica e classificação de alguns produtos como bens de consumo para que hotéis e parques paguem impostos menores nestes itens. Nada além do discurso, obrigado.

Há dez dias, a temática reapareceu quando entidades da indústria hoteleira alinharam com o MTur (Ministério do Turismo) a criação de um grupo técnico de trabalho, que terá a redução de alíquotas como norte. No piquete, a conversibilidade do real também fez coro, com o pleito de que os meios de hospedagem poderiam, se o projeto fosse atendido, passar cotações internacionais com base na moeda brasileira, com isenção do PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição Financeira para a Seguridade Social) sempre que a cotação do real x dólar estiver abaixo de R$ 2. Sofismas e quimeras de um mundo irreal.

Na última semana, o deputado baiano José Rocha, eleito recentemente presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, disse que uma política de incentivo para a indústria hoteleira entrará em sua agenda.

Ora, não há de se fazer blague com as medidas, uma vez que elas são fidedignas e podem gerar um debate de alto nível para fortalecer a questão. No entanto, há de assumir que os obstáculos têm ganhado vultos cada vez mais latentes quanto a transformação do discurso em medidas tangíveis.

A hotelaria seria bem mais competitiva, se o ambiente de negócios e as políticas públicas fossem menos desfavoráveis, é fato. Sublinhe-se aí muitos pontos, como a possibilidade de redução de encargos trabalhistas, a redução da burocracia - que gera custos desnecessários e inescapáveis -, a oferta de mão de obra em condições pelo menos de ser treinada, as condições da infraestrutura, entre outros.

A questão é sintomática e segue a regra do mundo real para o empresariado brasileiro. Como um mau presságio de que sem essas barganhas os setores perderiam competitividade, representantes de muitas indústrias têm ido a palanque para levantar bandeiras e favorecer os seus.

Não faz muitos dias que o governo federal aceitou ampliar a desoneração da folha de salários para fabricantes de máquinas e equipamentos, de autopeças, de pneus e de têxtil - que deixarão de recolher a contribuição patronal dos empregados para o INSS, aliviando o custo das empresas. É claro, há exigência da União de que haja aumento de impostos sobre o faturamento, mas ainda assim a iniciativa privada sairá com uns tostões a mais.

Isso, lamenta-se, ainda é utopia para o mercado hoteleiro. Não que não haja: a negociação com o poder público existe. Todavia, ela ainda tem linhas de um segmento que não anda de mãos-dadas quanto à convalidação dos incentivos. Se quiser criar uma política específica quanto à tributação do setor, a hotelaria brasileira terá de buscar algo mais sério e ter o corporativismo como mantra. Em tempos de Copa do Mundo e Olimpíadas no País, o Estado vai ceder.

Fonte:|http://www.hoteliernews.com.br/HotelierNews/Hn.Site.4/NoticiasConte...

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Comentário de Claudio de Almeida Lima em 27 março 2012 às 21:53

Muito é de se admirar sobre a capacidade da magnânima presença de nossa Presidente (me recuso a usar essa piada PRESIDENTA, isso não existe). Uma política de quem chora mais recebe um afago. Tudo vai na base do tranco, parece cobertor curto, ou o pé ou a cabeça vão passar frio. Enquanto não se realizar e se implementar uma política universal para todos os segmentos de nosso país, vamos como ônibus cheio, na hora do rush, só se acomoda nas freadas,porém vai ficando cada vez mais apertado.

Comentário de julio cesar de souza em 27 março 2012 às 16:57

      

          O ESTADO BRASILEIRO NÃO SABE OPERAR TURISMO E AINDA CONTA COM

          O FALSO MORALISMO DO CONGRESSO QUE NÃO QUER SOLUCIONAR PRO-

          BLEMAS SOCIAIS SÉRIOS, COMO EXEMPLO: A PREVIDÊNCIA SOCIAL. ESTA

          PODERIA TER SEUS PROBLEMAS DE CAIXA BASTANTE MINIMIZADOS OU, ATÉ

          MESMO SOLUCIONADOS COM A ABERTURA DE ZONAS DE PROCESSAMENTO

          PARA EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS TURÍSTICOS COM A IMPLANTAÇÃO DE JO-

          GOS EM HOTÉIS COM  ADMINISTRAÇÃO DOS CAIXAS PELA CAIXA ECONÔMICA

          FERDERAL, QUE É BASTANTE EFICIENTE COM JOGOS DE AZAR, OU ALGUÉM

          DUVIDA QUE ESTA TORNOU-SE UM GRANDE CASSINO LEGALIZADO FATURAN-

          DO MILHÕES DIARIAMENTE? OU SERÁ QUE NOSSOS CONGRESSISTAS NÃO SA-

          BEM QUE EXISTEM CASSINOS CLANDESTINOS FATURANDO DENTRO DE NOSSAS

          DIVISAS??? PORQUE ALGUÉM INVESTIRIA MILHÕES PARA CONSTRUIR UM CASTE-

          LO NO MEIO DO SERTÃO MINEIRO??? PARA VERANEAR????


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