Estudo alerta para atrofia da cognição humana com uso constante de IA

Pessoas dependentes da IA usam menos pensamento crítico, aponta estudo realizado pela Microsoft.

Imagem: Shutterstock

Realizado pela Microsoft, em parceria com Carnegie Mellon University, um novo estudo anunciado nesta segunda-feira (10) alerta para o risco de atrofia da cognição humana com o uso da inteligência artificial. O aviso se dá devido a uma perda do pensamento crítico percebida nos participantes da pesquisa.

Para chegar a essa descoberta, os pesquisadores recrutaram 319 pessoas, que relataram como usam IA generativa, o nível de sua confiança na ferramenta e o nível de confiança em suas habilidades em concluir a mesma tarefa sem usar a IA. De acordo com os autores do artigo, quando os usuários tinham menos confiança na inteligência artificial, usavam mais pensamento crítico e tinham mais confiança em sua capacidade de melhorar o conteúdo.

O estudo conclui que embora a IA possa melhorar a eficiência, também pode reduzir o engajamento crítico, principalmente no que diz respeito a tarefas rotineiras ou de menor risco. A conclusão levou a uma preocupação da academia com a dependência da IA e as consequências que isso pode gerar a longo prazo.

“Ao mecanizar tarefas de rotina e deixar o tratamento de exceções para o usuário humano, o usuário é privado das oportunidades de rotina de praticar seu julgamento e fortalecer sua musculatura cognitiva, deixando-o atrofiado e despreparado quando as exceções surgem”, diz o artigo da Microsoft.

Outros pontos observados pela pesquisa é que os participantes que se sentiam pressionados pelo tempo usavam menos pensamento crítico, enquanto trabalhadores em cenários e locais de trabalho de alto risco que estavam preocupados com possíveis danos causados ​​por resultados defeituosos usavam mais pensamento crítico.

A recomendação não é apenas da Carnegie Mellon University ou da Microsoft, mas também da OMS. A instituição já chegou a alertar para os riscos e os benefícios da IA generativa na saúde das pessoas e defende uma postura mais desconfiada em relação à tecnologia.

*informações do Canaltech

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