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Exportação do Brasil à China é pobre, diz OMC

Comentário:  quando os milicos entraram,  o  Brasil tinha o quadragésimo oitavo  PIB  do planeta. Saíram deixando-nos na oitava posição- aonde ainda  estamos, ainda por cima considerando  que o  nosso realzinho  está ainda  super valorizado. Foi o  sonho  do "Brasil grande" . De 1989 em diante os objetivos  foram: acabar com nossa manufatura, demonizar os militares, destruir o caráter  do povo, criar  divisões-   todos contra  os  de "zóio"  azul.

Exportação do Brasil à China é pobre, diz OMCC

Falta de uma política exportadora colocou o Brasil 'no degrau mais baixo' da cadeia de vendas para a economia chinesa, segundo entidade

10 de julho de 2013 | 2h 07

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JAMIL CHADE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo

Um informe publicado ontem pela Organização Mundial do Comércio (OMC) com avaliações de especialistas de todo o mundo alerta que as barreiras comerciais chinesas e a falta de uma política exportadora no Brasil colocou o País em poucos anos "no degrau mais baixo" na cadeia de fornecimento de bens para a economia chinesa.

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De um lado, o Brasil se transformou em fornecedor de produtos sem qualquer valor agregado, enquanto passou a importar um volume cada vez maior de bens tecnológicos da China. Tudo isso em menos de 20 anos. A avaliação é assinada pelos especialistas Gary Gereffi, da Universidade Duke, e Timothy Sturgeon, do MIT.

O estudo lembra que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, mas alerta que esses dados escondem uma realidade desigual na relação bilateral.

O caso da soja é um exemplo. 95% das vendas brasileiras do produto para a China embarcaram sem qualquer tipo de processamento. As exportações de óleo de soja e de farinha não ocorreram. Isso por conta da estratégia da China de desenvolver sua própria indústria da soja, impondo tarifas de importação aos produtos de maior valor agregado na cadeia da soja. A mesma situação ocorre com couro, aço, ferro, polpa e papel.

Já o Brasil passou a ser alvo de um volume cada vez maior de importações chinesas de alto valor agregado. Em 1996, 40% de tudo o que a China vendia ao Brasil eram produtos de baixo valor tecnológico. Bens de alto valor agregado eram apenas 25% da pauta. O cenário se inverteu 15 anos depois: 42% de tudo o que o Brasil compra da China é composto por itens de alta tecnologia e só 20% são produtos básicos.

No lado das exportações brasileiras, a situação é oposta. Em 1995, pouco mais de 10% do que o Brasil exportou naquele ano para a China eram produtos básicos. Em 2012, no entanto, o Brasil vendeu US$ 41 bilhões para a China e US$ 34 bilhões foram em produtos sem valor agregado.

"O Brasil caiu para o degrau mais baixo na escala de valor agregado em seu comércio com a China nas últimas décadas", indica o informe da OMC.

Para o vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Martins Faria, o movimento foi global e está relacionado à política chinesa. "Na última década, a China incorporou mais tecnologia nos seus produtos e se transformou em um fabricante de produtos com maior valor agregado", disse. "Eles precisam de alimentos e insumos para a indústria, como o minério, produtos em que o Brasil é forte, o que fez crescer a exportação de commodities", explicou.

O próprio estudo da OMC aponta que o Brasil é o único na posição de fornecedor primário para a China. Rússia e Índia também estão "contribuindo para o papel da China como um centro de processamento de materiais". "Produtos manufaturados são então exportados pela China de volta ao Brasil, Rússia e Índia, e para todo o mundo."

Diversificação. O estudo admite que o Brasil começa a adotar políticas para tentar diversificar suas exportações e sair da dependência das commodities.

O exemplo dado é a adoção de políticas para atrair empresas do setor de telecomunicações, eletrônicos e informática. O caso citado é o da chegada da Foxconn, inclusive com a meta de reduzir o déficit na balança comercial no setor de alta tecnologia.

A entrada de novos produtos brasileiros na China depende, principalmente, da quebra de barreiras, disse Faria, citando como exemplo oportunidades para carnes e para o próprio óleo de soja.

Segundo ele, no caso dos produtos industrializados, o Brasil perdeu competitividade no cenário mundial nos últimos anos pela valorização do real e pelo custo Brasil. "O câmbio mudou e isso ajuda as exportações. Mas o custo Brasil ainda é um problema." / COLABOROU MARINA GAZZONI

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