Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fábricas ficam menores e mais especializadas

Fábricas ficam menores e mais especializadas

 

12 de agosto de 2013 | 8h 28

MARINA GAZZONI - Agencia Estado

 

 

Apesar de assistir à quebra das fábricas que deram à cidade uma vocação para a produção têxtil, o polo de Brusque, em Santa Catarina, não vive uma crise econômica. Ex-funcionários de empresas centenárias, como a falida Tecidos Carlos Renaux, criaram novas indústrias, com máquinas e gestão mais modernas. Santa Catarina é o segundo maior polo têxtil do País, atrás de São Paulo. A cidade de Brusque é a segunda mais relevante no polo têxtil catarinense, depois de Blumenau.

"A crise no polo têxtil de Brusque é exclusiva das fábricas centenárias. Essas empresas trouxeram a vocação têxtil para a cidade, mas o polo não se limitou a elas", disse o prefeito de Brusque, Paulo Eccel (PT-SC). "As novas companhias e os shoppings de atacado e varejo absorveram os trabalhadores demitidos das fábricas antigas. Temos pleno emprego em Brusque", completou.

Os dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção apontam, no entanto, que parte do emprego saiu da indústria: em 2012, a indústria têxtil empregava 202 mil pessoas em Santa Catarina, ante 211 mil em 2011.
"O número de fábricas subiu, mas o emprego caiu porque a indústria ficou mais importadora", disse Marcus Schlösser, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque.

Em 2012, existiam 1.476 indústrias têxteis e de vestuário em Brusque, 100 a mais do que em 2011, segundo dados do sindicato. "Nasceram em Brusque empresas menores, mais enxutas e com a vantagem fiscal do Simples", disse Schlösser.

As novatas do polo têxtil de Brusque não costumam centralizar todo o processo produtivo na mesma fábrica, como faziam as pioneiras na cidade. Elas são mais focadas em serviços especializados, como tinturaria, e confecções (veja abaixo). "Muitas produzem malhas e confecções aqui, mas usam parte dos componentes importados", disse Schlösser.

A importação de insumos se refletiu na balança comercial catarinense. No ano 2000, o Estado representava 25% das exportações de têxteis e confecções, com US$ 301 milhões, e apenas 9% das importações, com US$ 139 milhões. Esse dado se inverteu em 2012: Santa Catarina importou US$ 2,05 bilhões em têxteis, 31% do total no País. Mas exportou apenas US$ 172 milhões, 5% do total nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Comentário de Antonio Silverio Paculdino Ferre em 14 agosto 2013 às 11:02

Todo ano fecha-se uma quantidade de pequenas e micro empresas. Quando se fecha uma grande, noticia-se em todo lugar, pois é grande o Nº de demissões. E ainda: as pequenas, quase sempre compram máquinas das grandes que fecharam, não havendo mudança de tecnologia, mas apenas mudança fiscal, que estão matando toda industria nacional. Se não tivermos industrias, as lojas tambem fecharão, num efeito dominó.

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