Com o lema “De roupa velha se faz papel”, o Moinho é, segundo o dono do Moinho, Rui Silva, a única fábrica do país que produz papel usando como matéria-prima apenas o algodão. “Utilizamos cem por cento algodão e transformamos em papel, utilizando só produtos naturais, ecologicamente amigos do Ambiente”, frisou.
De “t-shirts” brancas saem folhas de papel branco e de calças de ganga folhas de papel azul-marinho. Outras são embelezadas com elementos naturais, como sementes, folhas de árvores, musgo ou barbas de milho.
O papel é depois transformado em vários tipos de artigos, como embalagens, convites e álbuns. Mas muitos clientes querem apenas as folhas feitas à medida das suas necessidades.
“Já fizemos desde papel com fios eléctricos para novas tecnologias, aos papéis de aromas para empresas de chocolates. Portanto, permite-nos atingir diversas áreas”, contou Rui Silva.
A fábrica foi reestruturada há um ano e hoje tem oito funcionários. “Já começámos com algumas exportações para Espanha e Angola, mas pretendemos atingir, a médio prazo, outros mercados” onde este conceito não existe, explicou, estimando que as exportações representem actualmente 15 por cento.
Papel “de algodão” e em vez de papel “de pauzinhos”
Rui Silva decidiu continuar a valorizar a vertente pedagógica deste projecto, iniciado em 1993.
A fábrica utiliza um método de produção tradicional, em que cada folha é feita individualmente à mão, e outro semi-manual, com uma componente mecânica, que permite a formação de papel em contínuo.
O primeiro método é mostrado aos grupos de escolas que regularmente visitam o Moinho.
“Faz parte também do nosso conceito passar a mensagem do que fazemos às novas gerações e de que é possível preservar o Ambiente continuando a consumir e com produtos atractivos”, justificou Rui Silva.
A Lusa encontrou no local um grupo do Jardim-de-infância da Cambeia, Gafanha da Nazaré, que tem vindo a trabalhar a temática da reciclagem. “As crianças sabiam que podemos reciclar jornal, papel, cartão, plástico, metal e vidro, mas tecido não. E como não sabiam, achei interessante mostrar-lhes”, justificou a educadora Bela Seiça.
A pequena Bruna Ribau lembrou que já tinha feito papel na escola, mas “papel de jornal”. “Fizemos com serpentinas e depois metemos água e amassámos. Este é feito com algodão e o outro é de jornal”, explicou.
Maria Miguel também saiu do Moinho com a lição bem aprendida, contando que tinha estado a ver fazer papel “de algodão”, diferente daquele usa habitualmente nos trabalhos do infantário, feito de “pauzinhos de árvores”.
Foto do papel
FONTE: http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1475678
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