Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fonte:|oliberalnet.com.br|


A falta de algodão pode provocar uma queda de até 15% na produção e faturamento das tecelagens da RPT (Região do Polo Têxtil) em novembro e dezembro deste ano, em comparação com o mesmo período de
2009. Algumas indústrias, segundo o presidente do Sinditec (Sindicato
das Indústrias e Tecelagens de Americana e Região), Fábio Beretta Rossi,
já estão com os teares parados. "As tecelagens não têm condições de
passar os preços solicitados pelas fiações para os tecidos. Com isso
deixam de comprar matéria-prima. A margem de lucro é tão apertada que é
melhor não produzir e amenizar o prejuízo", comentou Rossi. A região tem
aproximadamente 500 tecelagens.

"O problema do algodão é mundial, houve uma queda muito grande na produção e embora o governo tenha liberado 250 mil toneladas isento de imposto, existe uma grande dificuldade em conseguir a matéria-prima. Até
agora conseguimos apenas 120 mil toneladas. Os países estão segurando
as plumas de algodão, eles querem exportar tecidos de roupas prontas",
afirmou.

A ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) considera insuficiente a autorização da Camex (Câmara de Comércio Exterior), órgão integrante do Conselho do Governo, para a importação de
250 mil toneladas de algodão. De acordo com a entidade, a alta
histórica do algodão tem um impacto de 30 a 50% sobre os preços dos
jeans e brins.

"Este é o aumento dos últimos 140 anos. Somente em 2010, majoração foi de 60% a 70%. O impacto ainda é pior se ocorrer no início da cadeia, ou seja, na produção de fios de algodão", explicou Aguinaldo Diniz
Filho, presidente da associação. Ainda segundo ele, esta situação não
deve se resolver a curto prazo, porque o consumo está em alta e os
estoques estão baixos.

De acordo com Rossi, a produção brasileira de algodão neste ano foi 1,2 milhão toneladas. Para 2011, a previsão é de 1,5 milhão de toneladas. O consumo varia de 800 mil a 1 milhão. "O Brasil produz mais
que suficiente para o consumo, mas houve muita exportação no final do
ano passado e início deste ano. Houve um descontrole, se exportou mais
do que consumiu, deixou o mercado em aberto e agora está difícil
encontrar países dispostos a vender", comentou o presidente do Sinditec.
A próxima safra de algodão será colhida a partir de julho do ano que
vem.


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