Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Faturamento da indústria têxtil cresce em Minas

Fonte:|portaldoeconomista.org.br|

Diário do Comércio (MG)

Empresas registraram uma expansão de até 30%.


LILIAN LOBATO, especial para o DC.

As indústrias têxteis do Estado estão se beneficiando do aquecimento do mercado interno, puxado pelo aumento da renda do consumidor e expansão do crédito. As empresas consultadas pela reportagem registraram incremento de até 30% do faturamento no primeiro quadrimestre deste ano na comparação com igual período do exercício anterior. Além disso, a produção segue a todo vapor e a maioria tem operado no limite da capacidade instalada e com previsão de investimentos no decorrer do ano.

A Aurora Têxtil Ltda, localizada em Leopoldina, na Zona da Mata, registrou alta de 30% do faturamento nos primeiros quatro meses do ano frente ao mesmo intervalo de 2009. O resultado positivo se deve ao crescimento da demanda. Para atender ao aquecimento do mercado, a produção aumentou 40%. De acordo com a empresa, cerca de R$ 2 milhões serão aportados em um novo maquinário, com o objetivo de reduzir etapas de produção e otimizar o processo.

A unidade fabril opera com 80% da capacidade instalada, o que representa uma produção mensal de 220 toneladas de fios e malhas. Segundo dados da empresa, a estimativa é de aumento de 30% no faturamento em 2010 ante o exercício passado.

Já na Coteminas S/A, com matriz em Montes Claros, no Norte de Minas, a expansão do faturamento foi superior a 15% no primeiro trimestre de 2010 frente igual intervalo do ano passado. "O aumento da renda do consumidor fez com que as pessoas renovassem enxovais e também peças do vestuário, o que contribuiu para a boa performance", avaliou o diretor da empresa, Pedro Garcia.

De acordo com ele, a Coteminas está fazendo inversões de mais de R$ 100 milhões na modernização do maquinário e ampliação da capacidade instalada, hoje operando em 80%. Conforme Garcia, o ritmo de exportação poderia ser melhor, o que não tem ocorrido em função da valorização do real frente ao dólar.


Preço do algodão - O grupo Coteminas é composto por 11 unidades fabris, sendo quatro em Montes Claros. Segundo o diretor, o aumento do preço do algodão verificado nos últimos meses tende a ser repassado ao consumidor final, mas não irá interferir na competitividade com o mercado externo. "O algodão é uma commodity internacional e sofreu alta em todo o mundo, o que não interfere na concorrência", avaliou.

A Cotonifício Dimavi Ltda, localizada em Curvelo, na região Central do Estado, está operando com 100% da capacidade instalada, o que significa uma produção a 650 mil peças por mês. Segundo o diretor financeiro, Geraldo Aguiar, a demanda pelo setor aumentou e a expectativa é de um ano promissor. "No primeiro quadrimestre do ano registramos crescimento de 10% da receita na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas já começaram aquecidas", explicou.


Maquinário - Em 2009, mesmo com a crise econômica global, a empresa investiu R$ 600 mil na modernização do maquinário. De acordo com Aguiar, a estimativa é de ter retorno do aporte durante o ano de 2010. "O grande entrave do setor está na concorrência desleal que não arca com os encargos fiscais necessários", afirmou.

O aquecimento dos negócios no início do ano também foi apontado pela Companhia de Tecidos Santanense S/A. Com quatro unidades em Minas Gerais, a empresa também opera a plena carga e produz cerca de 60 milhões de metros de tecidos por ano. De acordo com o vice-presidente do Conselho de Administração, Adelmo Pércope Gonçalves, a expectativa é de crescimento de 10% da receita em 2010 frente ao exercício passado.

Gonçalves também é presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas (Sift-MG) e garantiu que o setor passa por um momento favorável desde meados de 2009. Entretanto, ele mostrou-se preocupado com o aquecimento da economia e o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) que pode chegar a 7% em 2010. "No próximo ano, o novo presidente terá que tomar medidas para conter o avanço do PIB ou a inflação voltará a prejudicar o mercado", avaliou.


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