Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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FecomercioSP: Varejo paulista elimina 5.808 postos de trabalho formal em junho

O comércio varejista no Estado de São Paulo eliminou 5.808 empregos com carteira assinada em junho, resultado de 67.039 admissões e 72.847 desligamentos, o pior resultado para o mês desde 2015. Com isso, quase 34 mil vagas foram fechadas no primeiro semestre. Assim, o varejo paulista encerrou o mês com um estoque de 2.055.480 empregos formais, leve alta de 0,2% em relação a junho de 2017. No acumulado de 12 meses, o saldo é positivo em 3.254 vagas.


Crédito: Agência Brasil


Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Em junho, apenas as concessionárias de veículos apontaram saldo positivo (170 novos vínculos celetistas) entre as nove atividades analisadas. Destacaram-se negativamente as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-1.798 vagas), o grupo de outras atividades (-1.387 vagas) – em que predomina o comércio de combustíveis – e o varejo de materiais de construção (-1.217 vagas).

No comparativo anual, quatro atividades sofreram redução do estoque de empregos celetistas, com destaque para lojas de vestuário, tecidos e calçados (-1,9%) e lojas de móveis e decoração (-1,6%).  Em contrapartida, os segmentos de farmácias e perfumarias e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos obtiveram os melhores resultados, ambos com crescimento de 2,4%.

A assessoria econômica da FecomercioSP destaca que o primeiro semestre normalmente tende a ser de retração no varejo paulista, mas que, neste ano, a situação foi ainda pior que em 2017. Além disso, a paralisação dos caminhoneiros foi um fator determinante para o resultado negativo no mês, pois gerou uma crise de desabastecimento e criou um clima de incertezas, com reflexos negativos imediatos sobre a confiança dos consumidores e empresários e, consequentemente, sobre a geração de vagas com carteira assinada. Esse impacto negativo já era previsto pela Federação.

A FecomercioSP ressalta a importância de o empresário ficar atento à alta rotatividade de funcionários, já que os custos de desligamentos e contratações são elevados.

Varejo paulistano

Na capital, 1.234 vínculos formais foram extintos, resultado de 21.200 contratações e 22.434 desligamentos. O desempenho das lojas de vestuário, tecidos e calçados (-481 empregos) e de materiais de construção (-288 vagas) foram determinantes para o resultado geral negativo. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo ainda é positivo em 178 vagas celetistas. Assim, o varejo paulistano encerrou o mês com um estoque de 643.907 postos de trabalho formal, estável em relação a junho de 2017.

Ainda em relação a junho do ano passado, as maiores retrações no estoque de empregos foram verificadas em materiais de construção (-1,5%) e lojas de móveis e decoração (-1,2%). Em contrapartida, farmácias e perfumarias (3,5%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (2,6%) exibiram as maiores taxas de crescimento.

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo) analisa o desempenho do mercado de trabalho formal em 16 regiões do estado e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; matérias de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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