Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fui meio cético e voltei achando que os brasileiros não podem perder essa oportunidade", disse Rafael Cervone, diretor Têxtil Brasil, da ABIT

Fonte:|administradores.com.br|

Ação inovadora da Apex-Brasil rende US$ 370 milhões em exportações para EUA

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira, apresentou ontem na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) os resultados obtidos com a participação do País na Fórmula Indy, evento que está para os norte-americanos como a Copa do Mundo para os brasileiros.

A opção por essa inovação na promoção comercial se deu a partir da percepção de que é parte importante da cultura dos Estados Unidos realizar negócios durante eventos esportivos.
Com investimento de US$ 10 milhões da Apex-Brasil no patrocínio da Indy, a temporada de 2009 encerrou-se com perspectiva de gerar cerca de US$ 370 milhões em exportações de bens e serviços de empresas nacionais, quase todos de alto valor agregado.

O destaque foram os setores de software e tecnologia da informação (TI), com expectativa de fechar contratos que somam US$ 200 milhões; o aeroespacial, que voltou com encomendas no valor de US$ 105 milhões; e a indústria de alimentos, com vendas estimadas em US$ 21,4 milhões.

Resultados relevantes foram registradas também pelos setores de alta tecnologia, como os fabricantes de biomateriais avançados (que esperam exportar US$ 10 milhões a partir dos contatos feitos no evento), os de equipamentos e insumos odonto-hospitalares (US$ 5,5 milhões em vendas em negociação) e os de motores e componentes (US$ 5 milhões), além da indústria têxtil.

"Foi uma experiência inovadora que teve excelentes resultados não só em termos de negócios gerados, como de construção de imagem do Brasil associada a tecnologia e desenvolvimento sustentável", frisou Teixeira, lembrando que a Fórmula Indy, além de ser a modalidade automobilística de maior velocidade, é o único que usa exclusivamente etanol, além de outras tecnologias verdes integradas aos materiais e à concepção dos carros.

Para uma platéia de cerca de 120 empresários, ele explicou quais são e como acontecem as ações de promoção comercial na Indy. Além de poder apresentar seus produtos, com vídeos, folders, demonstrações ou degustações, as empresas participantes convidam clientes ou potenciais compradores para assistir às provas ao seu lado no camarote VIP da Apex-Brasil.

Os convidados são levados também a conhecer o circuito por dentro, conversando com pilotos e mecânicos e dando até uma volta no circuito a 260 quilômetros por hora. Paralelamente, uma ampla campanha publicitária de rádio e TV mostra o slogan brasileiro: Brasil: Experience our Energy.

"As reuniões foram completamente diferentes antes e depois da corrida. O contato naquele ambiente descontraído facilita tudo. Aprendemos muito sobre o jeito norte-americano de fazer negócios e sobre como a imagem do país influi nas decisões de compra. Fui meio cético e voltei achando que os empresários brasileiros não podem perder essa oportunidade", disse Rafael Cervone, diretor do programa Têxtil Brasil, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).

O mesmo entusiasmo demonstrou o representante comercial da Brasken em Houston, Ricardo Levy: "Nossa maior dificuldade era descobrir como nos relacionarmos com o mercado norte-americano na linguagem deles, nos seus referenciais culturais. Na Indy, avançamos mais nessa área que em todo o período anterior.

O cliente que levamos já faz planos de vir ao Brasil e aqui poderemos mostrar nosso centro tecnológico de primeira linha". José Cresmasco, da fabricante de cachaças Velho Barreiro, que incrementou em 20% suas vendas nas regiões onde participou das provas foi taxativo: "Nossa vida nos Estados Unidos mudou absolutamente depois da Indy".

Ademar Altieri, da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), e Djalma Petit, da Softex, também prestaram depoimentos animando os empresários a participar da próxima temporada da Indy. À tarde, a equipe técnica da Apex-Brasil prestou esclarecimentos aos empresários interessados em aderir ao evento.

Ao todo, 25 associações setoriais e 50 empresas brasileiras participaram de uma ou mais corridas no âmbito do projeto da Apex-Brasil, levando centenas de parceiros ou potenciais parceiros como convidados. O balanço positivo é unânime entre os que lá estiveram e quase todos pretendem voltar na próxima temporada. As associações, por sua vez, pretendem estimular seus associados a aderirem ao projeto. Para a próxima temporada, consequentemente, espera-se um número muito maior de participantes.

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Comentário de JERÕNIMO SIMÃO M. PEREIRA CALDAS em 23 novembro 2009 às 15:05
TIVE A OPORTUNIDADE DE VISITAR OS EUA EM 1990, E LÁ VI CAMISETAS SENDO VENDIDAS A US$ 20 A DUZIA, T-SHIRTS ESTAMPADAS COM VÁRIAS CORES MAS DE QUALIDADE TIPO ONE WAY...MAS ERAM DOZE QUE EQUIVALIAM AO PREÇO DE UMA BRASILEIRA ! ! ! ! ! SERÁ QUE ESSA REALIDADE MUDOU ??!!! OU OS CHINESES CONTINUAM MANDANDO !!!!!????

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