Os cotonicultores brasileiros devem começar a ver neste ano as aplicações práticas da compensação paga pelos Estados Unidos após a vitória do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) no contencioso sobre os subsídios norte-americanos aos produtores de algodão. O Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), criado para gerir esse dinheiro, prevê publicar em dez dias as normas para aprovação de projetos e investir ainda em 2011 até R$ 35 milhões. - O IBA já tem em conta US$ 145 milhões, referentes ao primeiro ano de pagamento, e no fim do mês recebe mais uma parcela mensal de US$ 12,275 milhões. Após atrasos administrativos para sua implementação, o órgão está a definir o planejamento estratégico e as regras para financiamento de projetos.
Segundo Haroldo Cunha, ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e que agora preside o IBA, o investimento no primeiro ano deverá ser feito com cautela, de maneira escalonada, e por isso o valor previsto será baixo em relação ao que já está na conta. "Esse é o limite máximo para este ano, o que não significa que tudo vai ser usado. Isso porque teremos toda uma análise dos projetos, que vão passar por uma consultoria para verificar se estão bem fundamentados", disse. O executivo diz que a entidade trabalha com um cenário de pelo menos cinco anos de investimentos.
Cunha explicou que uma das maiores dificuldades para definir o uso do dinheiro é a restrição à aplicação em pesquisas, para combate ao bicudo, por exemplo. Essa limitação foi imposta pelos EUA para evitar competição.
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