Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Futuro da IA generativa começa agora, acredita Cleber Morais, da AWS

Na abertura do AWS Summit, em São Paulo, diretor-geral da empresa levou participantes a um cenário de futuro em que IA generativa se democratizará.

Cleber Morais, da AWS. Foto: Déborah Oliveira

Como a inteligência artificial (IA) impactará a vida das pessoas daqui uma década? Foi com essa reflexão que Cleber Morais, diretor-geral da AWS no Brasil, abriu o AWS Summit, realizado nesta quinta-feira (15/8), em São Paulo. Ele observou que a IA, especialmente a IA generativa, já permeia diversas áreas e apresentou exemplos como o da saúde, com dispositivos capazes de antecipar problemas, e veículos autônomos, que revolucionarão a mobilidade, gerando novas experiências.

“A educação se beneficia com a assistência aos professores, enquanto a automação no trabalho reduz tarefas repetitivas, promovendo a colaboração em tempo real. No setor financeiro, algoritmos de machine learning têm reduzido significativamente as fraudes, e o entretenimento, com séries, filmes e jogos aprimorados, tem elevado a experiência do usuário”, citou ele.

“O futuro começa agora”, provocou, sublinhando que a IA está pavimentando o caminho para grandes mudanças. Com investimentos previstos de US$ 7 trilhões no mercado de tecnologia como um todo nos próximos dez anos, o impacto será imenso, completou.

Nesse cenário, lembrou ele, será preciso capacitar as pessoas. Por isso que em 2020, a AWS assumiu o compromisso de treinar 29 milhões de pessoas em habilidades digitais – meta superada antes do prazo, agora em julho, somando 31 milhões de pessoas em todo o mundo. Ele destacou a importância das parcerias estabelecidas pela AWS para alcançar o resultado e aproveitou o momento para anunciar novas alianças com a Fundação Lemann, a Fundação Itaú e o Insper para capacitar 2 milhões de pessoas no Brasil.

Com o Insper, o programa de treinamento em IA generativa e nuvem foca não só em alunos de graduação e pós-graduação, mas também em ex-alunos, professores, comunidade de empreendedores, ou profissionais em todo o Brasil. O objetivo é formar 5 mil alunos até 2025.

Vasi Philomin, vice-presidente de IA Generativa da AWS, observou que, desde os anos 90, a IA tem promovido uma revolução tecnológica comparável à Revolução Industrial e à era digital. A IA generativa, apontou, está abrindo novas possibilidades para interpretar e interagir com dados, prometendo mudanças profundas na construção de produtos e negócios.

O papel do chip na era da IA generativa

Na era da inteligência artificial, o papel dos chips é crucial para tornar a tecnologia escalável e acessível. Philomin ressaltou que, com mais de 1,6 milhão de pacotes despachados diariamente, a Amazon precisa de soluções que integrem modelos de IA com eficiência. Seus centros de distribuição, do tamanho de cem estádios gigantes, mostram como humanos e robôs podem trabalhar juntos sem interferências.

E para que a IA generativa seja aplicada em larga escala, o custo de inferência – o processo de realizar previsões no mundo real – é essencial. A Amazon está investindo no desenvolvimento de chips personalizados para reduzir esses custos. Dados mencionados por ele mostram que o desempenho de custo dos chips personalizados da Amazon é 40% a 50% melhor em comparação com instâncias equivalentes de outros fornecedores. “Isso demonstra como o avanço na tecnologia de chips pode facilitar a implementação da IA generativa em larga escala”, afirmou Philomin.

IA generativa x sustentabilidade

À medida que a IA generativa ganha escala, a preocupação com o uso de poder computacional em data centers e a sustentabilidade se tornam cada vez mais relevantes. Philomin apontou que a Amazon se comprometeu a ser neutra em carbono até 2040, uma década antes da maioria das empresas.

No Brasil, a empresa investiu em dois projetos significativos: um parque solar de 122 megawatts e um parque eólico de 49,5 megawatts. Juntos, esses projetos geram cerca de 530 gigawatts-hora por ano, suficiente para abastecer 100 mil residências.

Estudos citados pelo executivo mostram que executar cargas de trabalho na nuvem pode ser até 4,1 vezes mais eficiente em termos de energia do que fazê-lo localmente, especialmente para cargas de trabalho intensivas em armazenamento.

No Brasil, a eficiência energética pode ser aumentada em até 81% ao migrar para a nuvem. “A Amazon está comprometida em continuar a inovação sustentável e em implementar programas que comprovem seu engajamento com a sustentabilidade, garantindo que suas operações não apenas atendam às demandas tecnológicas, mas também respeitem o meio ambiente”, concluiu Philomin.

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