1/3 dos estudantes de Administração prefere prestar concurso a montar um negócio ou ir para o setor privado
Ser executivo de uma multinacional, viajar o mundo a trabalho, montar seu próprio negócio? Que nada. Na lista de desejos dos estudantes de Administração, todas essas alternativas perdem para a estabilidade de um emprego público.
Esse foi o resultado de um levantamento que ouviu 9 mil graduandos em todo o País. "Decidi pesquisar porque comecei a sentir um esvaziamento da procura no setor privado, ao mesmo tempo em que os concursos têm mais candidatos a cada edição", afirma Leandro Vieira, fundador do portal www.administradores.com, que reúne notícias e artigos sobre o setor e onde a pesquisa ficou acessível.
Do total de participantes, 33,6% pretendem prestar concurso público, 28,5% querem trabalhar para empresas privadas, 26,3% pensam em ser empreendedores e montar o próprio negócio e outros 7,43% gostariam de seguir carreira acadêmica.
"É a busca pela estabilidade que, em alguns casos, faz com que a pessoa desconsidere o próprio sonho", diz Vieira.
Oportunidades. Em outros casos, o que não era um sonho se torna um projeto de vida. Foi o que aconteceu com Oscar de Sousa. Hoje, aos 28 anos, ele já tem 7 de emprego público. Quando entrou na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto (FEA-RP), ele diz que tinha até aversão de pensar em prestar concursos.
Mas, estimulado pelos pais, prestou a prova para uma vaga na Caixa Econômica Federal. Entrou como escriturário, cresceu internamente, mais que quadruplicou o seu salário e hoje ganha mais do que a maioria dos colegas que optaram pela iniciativa privada. "Quebrei meus preconceitos ao ver que, numa empresa pública, a ascensão também se dá por competência. Hoje não penso em sair, só quero crescer ainda mais."
Não é o que pensa o estudante Bruno Evaristo de Souza Pereira. Ele tem 27 anos e está no último semestre do curso na FEA de São Paulo. Em sua lista de desejos, nada de concurso público, apenas as vagas de trainee de grandes empresas privadas.
"Acredito que terei mais oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional", diz. Para ele, a estabilidade financeira mais rápida garantida pelo setor público não compensa. "Prefiro que demore um pouco mais, mas que eu esteja me atualizando. É muito fácil se acomodar quando o emprego é estável."
Mislene de Souza Porfírio, de 29 anos, não se acomodou em empresas privadas. Há um ano, ela trocou a vaga em um hospital pelo funcionalismo público e não se arrepende. "Prefiro a estabilidade."
Cenário. Só em 2011, 12 milhões de pessoas prestaram concurso público no Brasil. Em 2007, esse número era menos da metade: 5 milhões.
E, se for levado em consideração o grande número de concursos que admitem formados em Administração, não é de duvidar que haja quem opte por essa graduação já de olho nessas oportunidades.
De acordo com o Censo da Educação Superior, o curso de Administração é o mais procurado no Brasil: são mais de 1 milhão de matrículas, o que corresponde a 18% dos estudantes do ensino superior.
fonte:Autor(es): OCIMARA BALMANT. O Estado de S. Paulo
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Pois é, meu caro Romildo, o emprego público está no auge..... há mais ou menos 2.422 anos atrás no "período Socrático" era vergonhoso ser sustentado ou depender do Estado para tal. o tempo vai fazendo transformações e a gente não percebe, porque a nossa vida é curtinha,curtinha...
abçs.
Quem não que essas mamatas com todas as vantagens possíveis e imagináveis, e salários muito acima da iniciativa privada.
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