Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Criadora do programa Transformação Empreendedora, a executiva Denise Damiani fala sobre as diferenças entre homens e mulheres no trato com os negócios.

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Denise Damiani é engenheira de formação, com mestrado em business e 30 anos de experiencia no mundo executivo como sócia de uma das maiores consultorias do mundo. Ter crescido em uma família com muitos homens, e optado por uma carreira predominantemente masculina, fizeram com que ela notasse a falta da presença e da visão feminina no mundo dos negócios. Passou então, a desenvolver planos e pôr em ação práticas para diminuir o abismo de gêneros no ambiente corporativo. 

Autora de "Ganhar, Gastar, Investir - o livro do dinheiro para mulheres", idealizadora do Fundo Saphira de investimento para mulheres e fundadora da Ong Mulheres do Brasil, hoje se dedica a ser conselheira de administração de empresas e ativista pelo crescimento do gênero feminino no trabalho.

O que fez você se engajar na relação das mulheres com o dinheiro e a carreira?

Quando virei sócia da Accenture, olhei pro lado e não vi nenhuma outra mulher. Como pode uma empresa de mais de 100 anos não ter nenhuma executiva no topo na America Latina? Onde estão as mulheres? Por que elas não sobem na carreira? Com essas dúvidas fui entrevistar muitas mulheres e entender suas questões e desafios. Então me propus a ajudar. Descobri nessa jornada de entrevistas, que o maior impedimento para a mulher crescer na carreira é não ter dinheiro guardado. Se não enfrentarmos esta questão, as outras não se resolvem.

Os empreendedores homens são mais bem sucedidos? O que difere homens e mulheres na hora de empreender?

Em geral são sim. As mulheres focam em coisas tipo, estar feliz, ter propósito, qualidade de vida, cuidar da família, fazer coisas que gosta. E acham que tudo isto não combina com ter sucesso e resultado financeiro. Os homens começam pensando “como vou ganhar dinheiro” e focam nisso. É uma questão de estilo e mentalidade. Se você não acredita que consegue ganhar dinheiro, vai acabar tomando um monte de decisões erradas.

Você já entrevistou mais de 500 mulheres. Quais são as principais dificuldades?

Não gostam/sabem vender.

Não gostam/sabem administrar.

Não se comunicam bem.

São muito maternais nas relações de trabalho.

Você criou um programa específico para mulheres empreendedoras. O que te motivou a entrar nesse universo diverso do mundo corporativo onde você atuou exclusivamente por vários anos?

Só tem 2 jeitos de ganhar dinheiro: ou você é funcionária ou é empreendedora. No Brasil, as mulheres são empreendedoras em grande número, fazem coisas incríveis, mas a maioria não lida bem com o dinheiro e isto precisa mudar. Este é meu foco - empreender com resultado.

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Você se considera uma ativista do empoderamento feminino?

Sim, super! Acho que desde que nasci. Venho de uma família só de homens, mas tenho uma personalidade de luta e de direitos iguais, além de ser uma mulher que precisa de liberdade. Então esta jornada começou muito cedo, com muita briga e enfrentamento sozinha. Hoje não acho que nenhuma mulher tenha que passar por isso sozinha.

O que é o GGI (Ganhar, Gastar e Investir)?

Riqueza tem a ver com ganhar mais do que se gasta, sabendo investir bem a diferença. Parece simples, mas é bem complexo colocar as 3 coisas para funcionar ao mesmo tempo. Em geral as pessoas focam em 1 dos 3 itens: em ganhar mais, em gastar menos ou em investir melhor. Mas a prosperidade só vem de uma composição dos 3 pilares bem trabalhados.

Por favor, dê 3 dicas básicas para a mulher se relacionar melhor com o dinheiro.

Faça-se 3 perguntas:

1ª- Eu tenho o patrimônio que gostaria? Se sim parabéns - cuide para mantê-lo assim.

Se não, a 2ª pergunta é: o que estou conservando em minha vida que me faz estar onde estou? Por que eu não tenho o que gostaria?  Com certeza a resposta honesta a esta pergunta pode te levar a entender o que você conserva (o que quer manter) que não te deixa ter dinheiro.

3ª  - O que eu estou disposta a abrir mão (deixar de conservar) para mudar o minha situação?

Se entender estas 3 coisas, o resto vem.

Como é o programa Transformação Empreendedora, quando começa  a próxima turma e como as empreendedoras interessadas podem participar?

A próxima turma começa em 16 de março na USP. Serão oito encontros quinzenais de um dia inteiro comigo e com especialistas convidados para falar dos temas mais críticos para empreender com sucesso, seja em um negócio já existente ou algo novo, seja um empreendimento ou um trabalho autônomo. Passamos por temas básicos e pelos mais complexos, em um grupo de 20 mulheres que se ajudam, trocam experiências e vivências.

Os depoimentos de quem já participou é o que me incentiva a achar tempo para fazer mais uma turma a cada semestre. Nesta minha agenda louca, este é o momento onde me conecto com mulheres incríveis, fazendo um Brasil cada dia melhor, lutando pelo seu sucesso. É um privilégio esta convivência. 


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