Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Google revoluciona computação quântica com novo chip Willow

Empresa anuncia avanço significativo na correção de erros e estabelece marco na corrida pela computação do futuro.

Imagem: Shutterstock

O Google revelou nesta segunda-feira (9) um marco importante em computação quântica com seu novo chip, Willow. A tecnologia, segundo a empresa, solucionou um problema em apenas cinco minutos — uma tarefa que um computador clássico levaria mais tempo do que a idade do universo para concluir.

A computação quântica promete transformar a tecnologia com velocidades incomparáveis, superando até mesmo os sistemas mais rápidos da atualidade. Assim como gigantes como Microsoft e IBM, a Google investe pesado nesse setor, com expectativas de que a computação quântica transforme áreas como medicina, química de baterias e inteligência artificial (IA).

Segundo a Reuters, embora o problema resolvido pelo Willow ainda não tenha aplicações comerciais, os resultados indicam que a empresa está cada vez mais perto de tornar viáveis os computadores quânticos. “Estamos além do ponto de equilíbrio”, afirmou Hartmut Neven, líder da unidade de Inteligência Quântica da Google.

Avanço com o chip Willow

O Willow possui 105 “qubits”, os blocos fundamentais da computação quântica. Esses elementos, embora rápidos, são notoriamente suscetíveis a erros causados por perturbações subatômicas. A superação dessa limitação, chamada de correção de erros quânticos, é um desafio enfrentado desde os anos 1990.

Em um artigo publicado na revista Nature, o Google detalhou como conseguiu reduzir as taxas de erro à medida que o número de qubits aumenta, além de corrigir erros em tempo real. Esse avanço marca um passo crítico em direção a computadores quânticos práticos e confiáveis.

Anthony Megrant, arquiteto-chefe da Google Quantum AI, explicou que o foco não é apenas aumentar o número de qubits, mas criar qubits mais confiáveis. “Se temos uma boa ideia, queremos que alguém da equipe possa colocá-la em prática rapidamente no laboratório para aprender com ciclos rápidos de experimentos”, revelou Megrant.

Construção do chip

Diferentemente de chips anteriores fabricados em parceria com a Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, o Willow foi produzido em uma nova instalação própria da Google. Essa mudança permitirá à empresa acelerar o desenvolvimento de futuras gerações de chips. Os experimentos são realizados em enormes refrigeradores, chamados criostatos, que mantêm os chips em temperaturas extremamente baixas.

Concorrência e desafios

A rivalidade no setor quântico é intensa. Em 2019, a IBM contestou a afirmação da Google de que seu chip teria resolvido um problema que levaria 10 mil anos em computadores clássicos. Segundo a IBM, o cálculo poderia ser feito em dois dias e meio com outros pressupostos técnicos.

Com o Willow, o Google revisou suas estimativas, considerando algumas das preocupações levantadas pela IBM. Mesmo em condições idealistas, a empresa argumenta que um computador clássico levaria um bilhão de anos para alcançar os resultados obtidos com o novo chip.

Enquanto alguns concorrentes produzem chips com maior número de qubits, o Google aposta na confiabilidade. “Queremos criar qubits mais confiáveis, e não apenas aumentar os números”, reiterou Megrant.

https://itforum.com.br/noticias/google-computacao-quantica-novo-chi...

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