Empresa anuncia avanço significativo na correção de erros e estabelece marco na corrida pela computação do futuro.
O Google revelou nesta segunda-feira (9) um marco importante em computação quântica com seu novo chip, Willow. A tecnologia, segundo a empresa, solucionou um problema em apenas cinco minutos — uma tarefa que um computador clássico levaria mais tempo do que a idade do universo para concluir.
A computação quântica promete transformar a tecnologia com velocidades incomparáveis, superando até mesmo os sistemas mais rápidos da atualidade. Assim como gigantes como Microsoft e IBM, a Google investe pesado nesse setor, com expectativas de que a computação quântica transforme áreas como medicina, química de baterias e inteligência artificial (IA).
Segundo a Reuters, embora o problema resolvido pelo Willow ainda não tenha aplicações comerciais, os resultados indicam que a empresa está cada vez mais perto de tornar viáveis os computadores quânticos. “Estamos além do ponto de equilíbrio”, afirmou Hartmut Neven, líder da unidade de Inteligência Quântica da Google.
O Willow possui 105 “qubits”, os blocos fundamentais da computação quântica. Esses elementos, embora rápidos, são notoriamente suscetíveis a erros causados por perturbações subatômicas. A superação dessa limitação, chamada de correção de erros quânticos, é um desafio enfrentado desde os anos 1990.
Em um artigo publicado na revista Nature, o Google detalhou como conseguiu reduzir as taxas de erro à medida que o número de qubits aumenta, além de corrigir erros em tempo real. Esse avanço marca um passo crítico em direção a computadores quânticos práticos e confiáveis.
Anthony Megrant, arquiteto-chefe da Google Quantum AI, explicou que o foco não é apenas aumentar o número de qubits, mas criar qubits mais confiáveis. “Se temos uma boa ideia, queremos que alguém da equipe possa colocá-la em prática rapidamente no laboratório para aprender com ciclos rápidos de experimentos”, revelou Megrant.
Diferentemente de chips anteriores fabricados em parceria com a Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, o Willow foi produzido em uma nova instalação própria da Google. Essa mudança permitirá à empresa acelerar o desenvolvimento de futuras gerações de chips. Os experimentos são realizados em enormes refrigeradores, chamados criostatos, que mantêm os chips em temperaturas extremamente baixas.
A rivalidade no setor quântico é intensa. Em 2019, a IBM contestou a afirmação da Google de que seu chip teria resolvido um problema que levaria 10 mil anos em computadores clássicos. Segundo a IBM, o cálculo poderia ser feito em dois dias e meio com outros pressupostos técnicos.
Com o Willow, o Google revisou suas estimativas, considerando algumas das preocupações levantadas pela IBM. Mesmo em condições idealistas, a empresa argumenta que um computador clássico levaria um bilhão de anos para alcançar os resultados obtidos com o novo chip.
Enquanto alguns concorrentes produzem chips com maior número de qubits, o Google aposta na confiabilidade. “Queremos criar qubits mais confiáveis, e não apenas aumentar os números”, reiterou Megrant.
https://itforum.com.br/noticias/google-computacao-quantica-novo-chi...
Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI