Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Governo desiste de mudança radical no câmbio

Real e Dólar

Ministros do governo Dilma concordaram que não é possível mudar a tendência do câmbio neste ano

 

Para um assessor do Banco Central, "não há muito o que fazer" diante de um cenário em que o dólar se mantém enfraquecido em relação às principais moedas no mundo

 

Brasília e São Paulo - O governo decidiu utilizar o câmbio como mais um instrumento de combate à inflação. Depois de sucessivos meses de aplicação de medidas para conter a valorização excessiva do real, os ministros da área econômica, com o apoio da presidente Dilma Rousseff, entenderam que, neste momento, não está na agenda intervenções ousadas para conter a excessiva valorização do real.

 

A estratégia é aproveitar a cotação do dólar baixo para importar produtos que complementam o consumo interno com preços mais baixos aos consumidores. Mesmo os auxiliares de Dilma mais preocupados com os efeitos do câmbio forte na indústria - Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Luciano Coutinho (BNDES) - concordaram que não é possível mudar a tendência do câmbio neste ano.

 

Trata-se de uma política que não será oficializada e tampouco pode ser interpretada como orientação para que o Banco Central deixe o câmbio flutuar livremente. O BC, sempre que necessário, fará intervenções para manter a taxa equilibrada. Para um assessor, "não há muito o que fazer" diante de um cenário em que o dólar se mantém enfraquecido em relação às principais moedas. "Não podemos ficar de medida em medida", disse. Por isso, a necessidade de "dar um tempo" no debate sobre novas medidas para conter a excessiva valorização do real e aproveitar o dólar fraco para focar no combate à inflação.

 

Ontem, o dólar fechou cotado a R$ 1,61, em alta de 1,45%. No mês de abril, variou abaixo de R$ 1,60, considerado no mercado o "piso informal" do governo. O discurso dos ministros já mudou. Na segunda-feira, Pimentel disse que o "câmbio vai continuar no atual patamar este ano". No Senado, Mantega garantiu que o governo não vai permitir a sobrevalorização do real, mas minimizou o problema. "Não é uma valorização tão excepcional, tendo em vista os fundamentos da economia." 

 

 

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Comentário de Gustavo Pereira dos Santos em 5 maio 2011 às 17:01

Quem no governo irá definir os produtos que complementam o mercado interno?

Me lembro do Collor que chamou os carros brasileiros de carroça e abriu o mercado para os importados.

Os primeiros carros a serem vendidos aqui foram da Lada, "a carroça russa".

Será que vcs são capazes de advinhar quem era o franquado da Lada no Brasil?

Será que agora um "Chines do Brás" é quem definirá os produtos?

Lá vem treta novamente!

Atenção meu povo! 

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