Fonte: Agência Brasil
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Brasília – O governo federal vai lançar, no mês que vem, uma versão mais aperfeiçoada da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), criada em maio de 2008 para funcionar até 2010, período no qual a PDP deu passos positivos na promoção da indústria nacional, apesar da crise financeira mundial, deflagrada em setembro de 2008, e que se arrastou durante boa parte de 2009.
Em decorrência disso e da forte valorização do real em relação ao dólar norte-americano, só uma das quatro grandes metas estabelecidas pela PDP obteve êxito, que foi o aumento da participação das exportações brasileiras para 1,25% das vendas totais no comércio internacional, e o Brasil chegou ao final de 2010 com participação em torno de 1,35%.
Houve frustração quanto ao aumento de investimentos do empresariado nacional em pesquisa e desenvolvimento, que era de 0,51% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2007, e a PDP previa participação de 0,65% do PIB em 2010, mas chegou só a 0,59%. Outra meta era aumentar a participação da Formação Bruta de Capital Fixo no PIB, saindo de uma base de 17,4% para 21%, mas ficou por volta de 19%.
A maior frustração foi não conseguir expandir o número de pequenas e médias empresas nas exportações. Ao contrário, a meta de crescimento, que era de 10% até 2010, transformou-se em queda de 16%. Mas análise técnica do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) reconhece que o balanço da PDP é positivo e ajudou a harmonizar um conceito mais atual de política industrial.
Coordenada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi) – vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – a PDP vai ganhar nova roupagem, mas ninguém no governo quer falar a respeito, sob a alegação de que nada está definido, ainda, embora a mudança no comando do governo indique ajustamento para melhor.
O Iedi entende, porém, que toda política industrial é passível de ajustes, uma vez que o sistema produtivo é dinâmico por natureza, e a PDP pode ser aprimorada em muitos aspectos, começando pela maior valorização de cadeias produtivas mais intensivas em tecnologia e inovação, que trabalham com produtos de maior valor agregado.
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