Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Haverá grandes novidades para rivalizar com a IA no MWC?

A inteligência artificial tem dominado os fóruns globais como NRF e SXSW e pesquisa aponta que não deve ser diferente na edição deste ano do Mobile World Congress.

MWC 2025: há alguma próxima grande novidade para rivalizar com a inteligência artificial (IA)? (Crédito: Shutterstock)

MWC 2025: há alguma próxima grande novidade para rivalizar com a inteligência artificial (IA)? (Crédito: Shutterstock)

A indústria móvel sempre procura a próxima grande novidade. Nos últimos anos, tem havido vários candidatos: da realidade virtual (VR) aos celulares dobráveis, dos carros autônomos ao metaverso, essas killer applications surgem e desapareceram com diversos graus de sucesso. Mas será que há alguma próxima grande novidade para rivalizar com a inteligência artificial (IA)? Que tem sido o foco não só do Mobile World Congress (MWC), desde o ano passado, como de outros eventos globais como a NRF e o SXSW, ambos parte do pacote 100 Dias de Inovação do Meio & Mensagem, assim como o MWC. Esse é o mote da pesquisa do Mobile World Live (MWL), da GSMA, entidade que organiza o evento anual de Barcelona, na Espanha.

Do ano passado para cá, o gatilho da IA, foi, sem dúvida, a IA generativa (GenAI). Grandes ferramentas de linguagem como ChatGPT e Claude (da Anthropic, startup fundada por antigos membros da OpenAI) revelaram a capacidade da IA ​​não apenas detectar padrões e aprender habilidades, mas de gerar conteúdo original. Ao fazer isso, essas ferramentas moveram a GenAI para as massas.

IA: US$ 15,7 trilhões a mais até 2030

O Estudo Global de Inteligência Artificial da PwC mostra que a IA deve adicionar US$ 15,7 trilhões à economia global até 2030. A indústria móvel também está fascinada por essa revolução tecnológica. Mas especialistas em telecomunicações podem argumentar que isso nem é tão novidade assim. Na verdade, já em 2017, a GSMA reuniu operadoras móveis e parceiros para criar iniciativa de IA que trabalhou com organizações do setor público e privado para usar big data para o bem social e para garantir que a indústria móvel esteja implantando a IA de forma responsável.

Ainda assim, é fato que algo mudou nos últimos dois anos. Essa tecnologia agora domina a conversa, o que fez com que a fabricante de chips de IA Nvidia chegasse à capitalização de mercado de US$ 3,3 trilhões e gerasse à startup mais famosa de IA, a OpenAI, avaliação de US$ 157 bilhões.

Impacto da nova onda de IA

Analistas têm se ocupado para estimar o possível impacto da nova onda de inovação em IA. A McKinsey, por exemplo, acredita que os ganhos de receita com o uso expandido da tecnologia no setor de telecomunicações podem ser de US$ 680 bilhões nos próximos 15 anos a 20 anos. É importante observar que os novos processos de IA são diferentes dos algoritmos tradicionais baseados em regras e determinados. A verdadeira IA deve incluir um elemento significativo de aprendizado com dados de treinamento para tomar decisões e executar funções cognitivas.

Portanto, como os profissionais móveis acham que essa transformação impactará suas organizações? Quais são suas prioridades? Esses executivos têm o orçamento e as habilidades para entregar o ROI? Ano passado, o MWL, em pesquisa realizada com executivos C-Level, foi questionado qual era a área de negócios mais atraente e a resposta “IA avançada” ficou em primeiro lugar com 30%, duas vezes mais do que a segunda opção.

Redes aprimoradas por IA

Agora, o MWL lançou mais um projeto para coletar as opiniões do público e cerca de 300 entrevistados concluíram a pesquisa, dos quais as três maiores áreas de negócios foram desenvolvimento de software (20%), teles (18%) e consultorias. Dos entrevistados, 44% eram C-Level, diretores ou vice-presidentes, com 54% de todos os respondentes baseados na Europa, 16% na América do Norte e 13% na Ásia. Questionados sobre quais as porcentagens de suas operações de rede são atualmente aprimoradas por IA, as respostas foram: para decisão de anomalia, com 47%; para manutenção preditiva, 33%; consumo de energia, 25%; gerenciamento de fatias de rede, 16%; gêmeos digitais de rede, 13%; e para previsões de tráfego, com 47%.

Perguntados sobre quais funções de rede já são aprimoradas por IA, os respondentes responderam: segurança de dados e modelo, com 49%; governança, 33%; custos, 39%; e lacuna de habilidades, 50%. E quais são as maiores barreiras para implantar operações de IA para gerenciar a rede, questionou a pesquisa. As respostas é que 23% das redes móveis ainda não fizeram nenhuma forma de gerenciamento de rede aprimorado por IA porque 50% ainda não encontraram profissionais para executar operações de inteligência artificial e 49% têm o desafio de reforçar os sistemas de IA contra violações de privacidade e crimes cibernéticos.

Mas, quem já resolveu esses obstáculos afirma que as maiores barreiras para implantar operações de IA para gerenciar a rede estão resolução de problemas de rede, com 49%; implantações de ponta, com 27%; gêmeos digitais, 21%; visão computacional, 20%; geração de conteúdo/código, 29%; e copilotos de engajamento do cliente, 42%.

Planos de uso da IA

Sobre os planos de usar IA para proteger as redes contra ameaças, afirmam os pesquisados: já fazemos isso, com 21%; em um ano, 29%; em dois anos, 25%; em mais de dois anos; 12%; e sem planos, 13%. Conforme a pesquisa, está claro que a IA tem um grande papel a desempenhar em todos os aspectos das operações de redes móveis, da infraestrutura física à experiência do cliente. Portanto, qual é a prioridade agora? Os entrevistados são bastante enfáticos. O monitoramento de desempenho de rede e a análise de causa raiz são o foco esmagador, com 43% de todos os “votos”. Isso é mais do que o dobro das alternativas: fatiamento de rede 5G/rastreamento de service level agreement – SLA (19%), modelagem de experiência do assinante (12%), orquestração de nuvem (12%) e garantia de RAN (6%).

O principal foco de qualquer investimento é o seu retorno (ROI). A pesquisa questionou em que aspecto se espera obter ROI em operações de IA de gerenciamento de rede. A maioria dos entrevistados aponta para a rede. Para quase seis em cada dez, reduzir o custo de manutenção será a maior recompensa. Outros citam a redução do tempo de inatividade, menos incidentes de segurança, redução de equipe e economia em energia. Assim, o ROI poderá vir do menor consumo de energia, para 34%; da redução de pessoal, 46%; manutenção de rede, 58%; menor tempo de inatividade da rede, 40%; e de menos incidentes de segurança/detecção de fraudes, 41%.

Smartphones com GenAI

A Gartner estima que 240 milhões de smartphones habilitados para GenAI foram fabricados no ano passado, o que representa 22% dos dispositivos básicos e premium. Mais recentemente, a Counterpoint previu que a participação de mercado atingirá 43% até 2027, com 550 milhões de unidades vendidas. A indústria está compreensivelmente animada com os dispositivos habilitados para GenAI. As vendas de smartphones estagnaram nos últimos anos. O mercado claramente precisa de um impulso. Quando o Chat GPT fez sua estreia no final de 2023, era óbvio que a IA generativa inevitavelmente daria o salto para o celular. E assim foi. Atualmente, todos os principais fornecedores de smartphones baseiam sua atividade de marketing em torno de seus recursos GenAI.

Mas, o que exatamente é a GenAI móvel? Se pode defini-la como evolução da tecnologia básica de assistente virtual, mas que é capaz de gerar novo conteúdo. E como os telefones são dispositivos multimídia, os aplicativos são abrangentes e incluem: tradução em tempo real, composição de mensagens, anotações e resumos, edição e manipulação de fotos, geração de vídeo, planejamento de viagens e diário e pesquisa de imagens.

IA com tomada de decisões

Muitos insiders acreditam que esses aplicativos preparam o terreno para mudança muito mais profunda – a mudança para a “IA agêntica”. Isso fará com que ferramentas de IA no dispositivo tomem decisões e executem tarefas para os proprietários de smartphones sem intervenção humana. O interesse do consumidor por essas ideias aumenta. Mas as partes interessadas da indústria têm decisões a tomar. Uma grande questão é: o processamento será feito no dispositivo ou na nuvem? O processamento no dispositivo é rápido e privado, mas pressiona o poder de processamento do smartphone. Por outro lado, a nuvem remove a carga de processamento, mas requer conexão ativa com a internet, pode ser lenta e corre o risco de violações de dados.

Mas, quão interessados ​​estão os usuários de dispositivos em ferramentas de IA generativa no dispositivo? 69% dos respondentes acreditam que os consumidores estão bastante ou muito interessados ​​na tecnologia. E esse interesse tem relação com a melhoria de foto/vídeo para 46%; tradução de aplicativo ao vivo, para 40%; geração de conteúdo, 37%, composição de e-mail e mensagem, 39%; e anotação de notas, 43%. Questionados sobre quais são as ferramentas de IA generativa no dispositivo mais atraentes para os consumidores, os pesquisados apontam capacidade de memória, com 40%, preocupações com privacidade, 40%; latência, 28%; e custo/lista de materiais, 51%.

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