Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Só depois de cinco meses é que brasileiro começa a trabalhar para si mesmo. 

Faltam nove dias para o contribuinte brasileiro finalmente começar a trabalhar para si próprio. Neste ano, são praticamente cinco meses -um dia a mais que no ano passado, já que 2012 é bissexto- somente para pagar tributos (impostos, taxas e contribuições) ao governo, aponta estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) obtido pelo GLOBO. Se morasse na Argentina ou nos Estados Unidos, seriam pouco mais de três meses exclusivamente para pagamento de impostos.


A renda do brasileiro comprometida com os impostos só fez aumentar nos últimos anos, segundo o IBPT. Se, em 2003, ele teve de destinar 36,98% de seu rendimento bruto para pagamento de impostos, em 2012, essa fatia subiu para 40,98%. Em relação à década de 70, hoje trabalha-se o dobro de tempo para pagar tributação. O contribuinte brasileiro paga 63 tributos que incidem tanto sobre a renda, como o Imposto de Renda, a contribuição previdenciária, quanto impostos embutidos nos preços de produtos e serviços, como o ICMS e o IPI, além da tributação do patrimônio (IPTU e IPVA), e taxas como limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos e iluminação pública.


- A arrecadação tributária cresceu assustadoramente nos últimos anos, e ainda temos que trabalhar para prover o que o governo não fornece. Enquanto o governo não fizer reforma que altere essa situação drasticamente, o quadro não muda - diz João Eloi Olenike, presidente do IBPT.


Se considerar ineficiência do governo, prazo é 30/9


Em 2011, só o governo federal tirou dos contribuintes quase R$ 1 trilhão em forma de impostos, sem contar os tributos pagos aos governos estaduais e municipais. A arrecadação das receitas federais teve um crescimento real, com base no IPCA, de 10,1%. A carga tributária deve bater recorde em 2011, chegando a 36,2% do PIB, segundo estimativas.


O presidente do IBPT pondera que se o contribuinte contar ainda despesas como plano de saúde, escola e segurança do prédio - ou seja, serviços que deveriam ser cobertos pelos impostos pagos, mas não são de forma satisfatória -, o cidadão só passa a trabalhar para si próprio nos últimos meses do ano.


- A ineficiência do governo de oferecer serviços de qualidade e infraestrutura faz com que o brasileiro tenha que continuar a trabalhar até 30 de setembro para pagar pelo que é prestado de forma ineficiente.


Os tributos sobre o consumo (ICMS, PIS, Cofins, IPI, ISS) são os que mais pesam na conta. Segundo o IBPT, eles correspondem a 23,24%, em média, da renda do contribuinte. Mesmo assim, é o Imposto de Renda o tributo que mais faz sofrer o brasileiro.


- É dele que as pessoas mais reclamam porque veem descontado no contracheque - avalia Rubens Branco, da Branco Consultores. -Já o imposto de consumo, ele não vê, o que não quer dizer que seja mais justo.


Segundo o IBPT, os tributos sobre a renda "comem" 14,72% da renda das famílias, enquanto que aqueles sobre o patrimônio correspondem a 3,02%.

 

Fonte:http://www.relacoesdotrabalho.com.br/profiles/blogs/no-o-globo-impo...

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