Nos investimentos em gestão, o corte deve ser de R$ 3,8 bilhões (23,7%). Inovação perde 18% em relação a 2014, ficando com R$ 3,8 bilhões a menos. P&D tem redução de 25% (recuo de R$ 4,1 bilhões).
Para a indústria, a carga tributária continua a ser o maior obstáculo ao investimento. A razão é apontada por 62% dos entrevistados. “O governo precisa esquecer esse negócio de aumentar impostos”, diz o presidente da Fiesp. “Ele precisa reduzir suas despesas, se possível reduzir os impostos, aumentando a competitividade dos setores produtivos brasileiros, e reduzir juros. É isso que tem que fazer. É justamente o contrário do que está fazendo.”
A pesquisa reflete a análise de Skaf. A maioria (59%) dos empresários entrevistados considera que a diminuição da carga tributária contribuiria para a retomada dos investimentos. E 42% (em questionário que permite resposta múltipla) acham que o aumento da taxa de crescimento da economia estimularia os investimentos.
“Lamentavelmente, o pior desta situação, deste círculo vicioso de menos demanda, menos confiança, menos investimento, é menos emprego. Não há nada que seja pior para o país do que o desemprego. O governo, aumentando juros e aumentando impostos, está realimentando ou alimentando o desemprego”, conclui Skaf.
Pequenas cortam mais
A análise pelo porte da empresa mostra que as pequenas vão cortar mais, em termos relativos. Entre elas, a redução do investimento total será de 42,8%. As médias devem cortar 38,8%, e as grandes, 29,3%.
A pesquisa foi realizada com 1.205 empresas no Estado de São Paulo entre 9 de março e 15 de maio de 2015, envolvendo toda a indústria de transformação, exceto fabricação de coque e produtos derivados do petróleo. Foram ouvidas 501 empresas pequenas, 433 médias e 271 grandes. Para permitir a análise nacional, os resultados da Pesquisa Fiesp de Intenção de Investimento 2015 foram expandidos segundo a Pesquisa Industrial Anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIA/IBGE)
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