“A pesquisa reforça a importância do programa Brasil Mais Produtivo, que realizará consultorias para as empresas, tanto para a adoção de práticas de manufatura enxuta quanto para a implementação de novas tecnologias digitais”, afirma Samantha Cunha.
Tempo, qualidade e custo de produção
A Associação Alemã de Engenheiros (VDI) estabeleceu princípios para classificar as diferentes técnicas de manufatura enxuta. Cada um desses princípios busca soluções para melhorar, em maior ou menor grau, três dimensões: tempo, qualidade e custo de produção.
As técnicas mais utilizadas são voltadas principalmente para a redução de tempo de produção, são elas: Trabalho Padronizado, com 78% da indústria de transformação fazendo seu uso, seguido pelo Programa 5S (69%).
Para a melhoria da produção, entre as técnicas mais usadas, estão: Gestão Visual (61%) e Gestão da Qualidade Total (56%).
Na dimensão custo de produção, as técnicas Manutenção Produtiva Total e Kaizen foram as mais utilizadas, com 58% e 57% das empresas, respectivamente.
Entre todas as técnicas, as menos utilizadas são o Yamazumi (Balanceamento do Operador), com 28%, na dimensão de tempo de produção, e o Relatório A3 (35%) e Poka Yoke (35%), em qualidade. Entre as técnicas da dimensão custo de produção, a OEE (Overall Equipment Effectiveness) é a menos utilizada, apesar de aplicada em quase metade das empresas (47%).
As características dos setores também importam. Naqueles com um processo dividido em diferentes etapas, como fabricação, usinagem e montagem, há utilização de mais técnicas de manufatura enxuta. Naqueles com processos contínuos (ou por bateladas), como o setor químico, o percentual de uso é menor.
Tecnologias digitais que mais ajudam na gestão
As tecnologias digitais mais citadas entre as que ajudam diretamente na gestão foram: “Monitoramento e controle remoto da produção com sistemas tipo ERP, MES ou SCADA” e “Sistemas integrados de engenharia”, seguido pela “Automação digital com sensores para controle de processo”.
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