Fonte:|br.fashionmag.com|
Quem diria que, numa
economia europeia com graves problemas econômicos e sociais, a Indústria
Têxtil se transformasse na que mais cresce em 2010. Na Espanha, o
Índice de Produção Industrial voltou a subir em agosto impressionantes
8,2%.
Este resultado confirma assim um período de 10 meses consecutivos de
crescimento e é tão mais significativo quanto comparado com o
crescimento dos restantes setores industriais espanhóis que, em agosto,
cresceram em média 3,2%.
Mas nem só a têxtil tem crescido dentro do setor de moda espanhola. A
produção das empresas de vestuário subiu em Agosto 4,1% em termos
homólogos, enquanto o calçado e artigos de couro registaram uma subida
de 18,3%. Este último foi o maior crescimento dentro de todos os setores
industriais espanhóis e que viu o subsetor de artigos de couro subir
impressionantes 70%.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)
espanhol, os aumentos registrados dentro do subsector couro foram
“espectaculares” em agosto. Por um lado, as empresas de preparação,
curtumes e acabamentos de couro e as de produção de artigos de
marroquinaria e de viagem elevaram a sua produção em 70%, enquanto os
fabricantes de artigos em pele registaram um crescimento de 63%. Este
crescimento realça bem a dinâmica do setor do calçado e de artigos de
couro na Espanha e ao qual não deve ser alheio a aposta de
multinacionais como a
Louis Vuitton Moet Henessy (
LVMH) na produção de cintos e carteiras nas empresas espanholas.
Dentro do setor têxtil propriamente dito, as empresas de fiação e
preparação de fibras e as de acabamentos têxteis foram as que mais
cresceram. As primeiras cresceram 44,8%, enquanto as segundas cresceram
44,7%. As tecelagens registraram um aumento da sua produção em torno dos
14%.
Dentro do setor do vestuário, as confecções de vestuário registaram
um crescimento da sua produção homóloga de Agosto de cerca de 24%.
Os dados revelados esta semana pelo INE espanhol comprovam que a
Indústria Têxtil, do Vestuário e do Calçado (ITVC) na Espanha ainda
consegue ser competitiva dentro do espaço europeu e que a queda contínua
verificada na década passada pode ser invertida. Com a procura de
respostas cada vez mais rápidas, muitos dos compradores internacionais
de artigos de moda viram-se, assim, para as estruturas industriais e
produtivas de países como Espanha e Portugal para responderem aos seus
modelos de negócio que exigem fornecedores cada vez mais flexíveis,
ágeis e sobretudo fiáveis.
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