Até 2028, serão concedidas 250 bolsas de pesquisa para pesquisadores brasileiros e estrangeiros atuarem em projetos de PD&I.
Criado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 2015, o Inova Talentos possibilita que profissionais de diferentes áreas e com diferentes níveis de formação atuem em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) dentro da indústria. Devido ao sucesso ao longo dos anos, tendo movimentado mais de R$ 138 milhões em projetos, surgiram demandas de expansão internacional. Assim, IEL e CNPq se uniram novamente para elaborar um novo programa: o Inova Talentos Global.
O programa seguirá o modelo do Inova Talentos “tradicional”, inserindo pesquisadores em instituições no Brasil ou no exterior para desenvolverem projetos de PD&I. No dia 4 de dezembro deste ano, será lançado o piloto do Inova Talentos Global, para até 15 empresas.
Em 2025, será divulgada a chamada pública para todas as instituições. A estimativa é de que, ao longo do próximo ano, sejam concedidas 70 bolsas de pesquisa, com total de 250 até 2028. As bolsas podem durar entre três e doze meses, com possibilidade de serem estendidas. Os valores mensais podem chegar a até R$ 6,5 mil para bolsas no Brasil e até U$ 2,1 mil para bolsas no exterior.
As empresas irão submeter propostas de projetos e as aprovadas pela consultoria ad hoc e área técnica do CNPq estarão aptas a indicarem bolsistas brasileiros ou estrangeiros. O IEL irá divulgar as oportunidades e fará o recrutamento e seleção dos candidatos. Os mais qualificados serão encaminhados para a avaliação da empresa, que escolherá aquele com perfil mais adequado à bolsa, para também ser avaliado pelo CNPq.
As bolsas de pesquisa serão divididas em três modalidades: Pesquisador Visitante (PV); Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior Junior (DEJ); e Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior Sênior (DES). Todas as modalidades são destinadas tanto para brasileiros quanto estrangeiros, e todos os bolsistas terão tutores para orientações durante a execução dos projetos.
A diferença entre as três modalidades está no perfil dos bolsistas. Os PVs serão profissionais mais experientes, com doutorado concluído há mais de sete anos e, além de colaborar na elaboração do projeto, irão ensinar metodologias à equipe. Já os DEJ e DES serão especialistas com nível superior que, por meio de capacitações, vão adquirir conhecimentos para aplicar no projeto, tendo uma troca mútua de aprendizados com a equipe.
Além de atuarem nos projetos, os pesquisadores terão momentos de integração. No caso dos PVs, haverá seminários, debates internos, visitas e encontros com grupos de outras instituições. Para os DEJ e DES, serão realizados workshops de integração, para apresentar os pontos principais do programa, modelos de monitoramento e esclarecer dúvidas.
No primeiro mês de atividade, os pesquisadores e tutores deverão elaborar um plano de trabalho a ser cumprido durante a realização do projeto. O IEL e o CNPq vão monitorar a execução por meio de relatórios e reuniões. Com o término das atividades, as empresas irão elaborar relatórios técnicos e avaliativos dos bolsistas e dos projetos desenvolvidos, que serão encaminhados ao CNPq.
Por meio de chamada pública, o IEL irá captar recursos financeiros de empresas, Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) e entidades do terceiro setor interessadas, bem como de órgãos governamentais do país e do exterior. A estimativa é de que serão recolhidos mais de R$ 20,7 milhões, que serão transferidos ao CNPq, para custear as bolsas de pesquisa e as despesas operacionais do programa.
Por: Pedro Ferraz
Foto: Iano Andrade / CNI
Da Agência de Notícias da Indústria
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