Iniciativa do IEL e CNPq desenvolve pesquisa acadêmica e inovação industrial, capacita novos talentos e cria soluções sustentáveis para o setor farmacêutico.
Em um cenário em que a ciência, inovação e desenvolvimento caminham lado a lado, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) tem se consolidado como uma ponte estratégica entre o conhecimento acadêmico e as demandas do setor produtivo. Prova disso são os projetos desenvolvidos no Laboratório Teuto, em Anápolis (GO), no âmbito do programa Inova Talentos, que, em parceria com o IEL-GO e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), têm transformado ideias em soluções reais.
Na última quinta-feira (15), um encontro entre as entidades marcou o início da colaboração entre indústria e academia. Por meio da expertise de bolsistas e mentores, a parceria dá forma em pesquisas com alto potencial de impacto social e ambiental. Um exemplo é a otimização de processos de remediação de efluentes farmacêuticos, verdadeira porta para a inovação à serviço da sustentabilidade.
No Laboratório Teuto, a parceria do Inova Talentos conta também com a participação da Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica). Um dos destaques é que a pesquisa voltada à otimização do processo de fotodegradação de antibióticos presentes em efluentes da indústria farmacêutica, um desafio contemporâneo de saúde pública e sustentabilidade ambiental.
O projeto reúne expertises distintas, conta com a orientação de um professor doutor da UniEvangélica, tutoria de profissionais do Teuto e a participação ativa de dois bolsistas do programa Inova Talentos, que atuam como protagonistas na implementação das inovações.
José Thiago de Souza, coordenador de Desenvolvimento em Farmacotécnica do Teuto, é um dos idealizadores da iniciativa do Inova Talentos na empresa. Segundo ele, a entrada de bolsistas com formação acadêmica fortaleceu os projetos internos e é inspiração para que outras áreas da indústria possam aderir ao programa.
“Desde o início, vimos uma oportunidade de agregar valor aos nossos projetos por meio de uma visão acadêmica. Apesar da dificuldade em encontrar o perfil certo, nós conseguimos trazer pessoas capacitadas, com diferentes níveis de formação, para aplicar seus conhecimentos na prática do desenvolvimento de medicamentos”, afirmou o coordenador.
Ele também destacou o ganho mútuo promovido pela experiência. “Aprendemos com os bolsistas e, ao mesmo tempo, conseguimos ensinar e prepará-los para os desafios da indústria. É uma via de mão dupla que fortalece todos os envolvidos.”
Entre os talentos estão Osmar Vieira da Silva, mestre em Ciências Farmacêuticas, e Rafael Ravagnani da Costa, graduando em Farmácia. Ambos desempenham papéis fundamentais no desenvolvimento do projeto de sustentabilidade já citado. Para Osmar, a experiência vai além do aprendizado técnico:
“Esse trabalho tem uma importância social muito grande. A parceria entre empresa e academia complementa as competências e necessidades de cada área. É uma honra participar desse projeto, tanto pela troca de conhecimento quanto pelo impacto positivo na sociedade.”
A imersão no ambiente industrial também é destacada como um diferencial que favorece a futura inserção dos bolsistas no mercado. A tutora e gestora de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Teuto, Aretha Duarte, avaliou que a vivência proporcionada pelo Inova Talentos amplia a formação dos profissionais envolvidos e contribui para a responsabilidade socioambiental da empresa.
“A indústria tem um propósito muito claro com esse trabalho. Queremos atingir uma remediação eficaz dos efluentes, cumprir com os objetivos do projeto e trazer avanços concretos para o setor. E os bolsistas, ao conhecerem o funcionamento da indústria por dentro, se preparam melhor para ingressar nesse mercado de forma efetiva”, explicou.
Outro projeto em andamento é o de desenvolvimento de novos produtos para o laboratório, que conta com a participação ativa do doutor em Química Wanderson Souza, bolsista do Inova Talentos. Durante o encontro, ele destacou a efetiva interação entre as agências de fomento, indústrias e universidades, na qual o IEL tem atuado para preencher uma lacuna histórica.
“Vemos alunos de iniciação científica extremamente capacitados, embora muitos ainda não tenham visibilidade justamente por não estarem vinculados a uma agência de fomento. É importante destacar que, mesmo sem esse suporte, há talentos excepcionais que merecem oportunidades”, apontou o bolsista.
Anápolis, por exemplo, é considerada uma cidade universitária e conta com um robusto polo industrial. Para Wanderson, muitos acadêmicos acabam se tornando “invisíveis” por falta dessa conexão direta com o setor produtivo. “Por isso, fortalecer essa ponte entre universidade e empresa é fundamental, não só para o avanço das pesquisas, mas também para formar profissionais preparados para os desafios reais do mercado”, relatou.
O Inova Talentos não apenas incentiva o desenvolvimento de projetos inovadores dentro das empresas, como atua como um vetor de inserção profissional para mestres, doutores e graduandos que encontram dificuldades em acessar o mercado de trabalho. Ao proporcionar uma experiência prática robusta, o programa amplia a empregabilidade desses talentos.
Segundo o coordenador José Thiago de Souza, a conexão estabelecida pelo projeto já resultou na contratação de bolsistas pelo próprio Laboratório Teuto. “Além da contribuição científica, conseguimos identificar e reter talentos. Já tivemos bolsistas que foram absorvidos pela empresa após o término do projeto. Isso mostra que o Inova Talentos também atua como um canal de recrutamento altamente qualificado para a indústria”, destacou.
Já o CNPq fortalece o compromisso com a capacitação de profissionais para a inovação. A analista de ciência, tecnologia e informação do CNPq, Aline Chianca Dantas, participou da visita e reforçou o compromisso da entidade em promover a inserção de pesquisadores no setor produtivo por meio da parceria com o IEL.
“A nossa presença aqui é fruto de um esforço contínuo para fomentar a capacitação de recursos humanos em inovação. O Inova Talentos tem se mostrado uma oportunidade valiosa para promover a vivência de mestres e doutores em ambientes onde podem aplicar seu conhecimento e agregar resultados práticos”, apontou a analista.
Ela destacou o papel social do programa, diante do alto número de pesquisadores qualificados que enfrentam dificuldades de colocação profissional. “Sabemos dos desafios. Muitos mestres e doutores estão fora do mercado de trabalho por falta de oportunidades práticas. O Inova Talentos é uma ponte essencial entre esses profissionais e o setor produtivo”, concluiu Aline.
Ao investir na capacitação de jovens talentos e na articulação entre instituições acadêmicas e o setor industrial, o IEL fortalece a base de conhecimento do país e estimula o desenvolvimento de soluções transformadoras. O Inova Talentos, nesse contexto, é mais do que um programa de bolsas: é um motor de mudança, uma plataforma de oportunidades e uma ferramenta essencial para o crescimento profissional e a inovação no setor produtivo nacional.
O IEL Nacional reforça com o Inova Talentos sua missão de aproximar a pesquisa científica das necessidades reais das empresas brasileiras. A visita de monitoramento simboliza o sucesso dessa integração e os impactos positivos gerados para a formação profissional dos bolsistas envolvidos.
Por meio do Inova Talentos, o IEL recruta, seleciona e capacita os profissionais em parceria com Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O contrato com a instituição de pesquisa parceira, tanto no caso do CNPq como do IPT, permite aos participantes atuarem no projeto por, pelo menos, 12 meses, podendo ser estendido por mais um ano.
Por: Sheylla Alves
Da Agência de Notícias da Indústria
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