A passos lentos. Foi assim que a economia brasileira andou entre os meses de julho e setembro. Depois do ritmo mais forte no início do ano, o Produto Interno Bruto - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - cresceu meio por cento em relação ao segundo trimestre do ano.
Em dinheiro, foram movimentados R$ 937,2 bilhões. As principais causas do crescimento mais tímido, segundo o IBGE, foram o aumento das importações (7,4%) e o recuo da indústria. A agropecuária também teve retração. Com alta de 1%, o setor de serviços foi o destaque.
O resultado do PIB, agora, faz o Brasil voltar ao patamar de crescimento que tinha em 2008, antes da crise que afetou bastante a economia.
Pelos números, outro item que contribuiu para o aumento do PIB, a exemplo do que aconteceu nos últimos trimestres, é o consumo das famílias. Segundo o IBGE, com mais emprego, melhores salários e crédito fácil, a disposição do brasileiro de ir às compras ajudou a economia a crescer.
Já são quatro anos consecutivos de crescimento no consumo das famílias. “Gastei bem, mas guardei alguma coisa”, garante uma consumidora.
“O Banco Central tomou medidas que vão desacelerar um pouco o consumo das famílias, então, olhando um pouco a frente é capaz de ter algum arrefecimento, mas na parte dos investimentos deve continuar um tanto forte”, disse Armando Castelar, economista do FGV.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse, nesta quinta, que o crescimento de meio por cento mostra uma trajetória da economia compatível com o equilíbrio de longo prazo.
Na comparação com outros países, o Brasil cresceu menos, por exemplo, do que o Chile e ficou próximo do México e dos Estados Unidos.
“Olhando os dados do resto do mundo, as taxas do crescimento do Brasil estão dentro da média dos demais países”, afirmou Roberto Olinto, coordenador de contas nacionais do IBGE.
Quando comparado com o terceiro trimestre do ano passado, o PIB do Brasil aumentou 6,7%. Entre os países que formam o grupo conhecido como Bric, a China teve alta de 9,6%, a Índia, 8,9% e a Rússia, 2,7%.
“Com o resultado do PIB do terceiro trimestre, já está assegurado que nós vamos fechar o ano com um PIB de pelo menos 7,5%. A tendência é que seja mais que 7,5%”, declarou Guido Mantega, ministro da economia.
IBGE revisa para baixo números da economia em 2009
O IBGE revisou para baixo o desempenho da economia no ano passado, quando o país sofria os efeitos da crise financeira mundial. A queda da atividade foi maior e chegou a 0,6%.
Também foram revistos os números deste ano. Nos primeiros seis meses, a economia cresceu mais do que o IBGE havia divulgado.
FONTE + VIDEO DA REPORTAGEM: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/12/economia-brasil...
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