Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Juros no Brasil superam os dos Brics, apesar de dívida ter tamanho similar

Sede do Banco Central em Brasília (foto de Lucio Tavora, Xinhua) Sede do Banco Central em Brasília (foto de Lucio Tavora, Xinhua)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as políticas fiscal (que cuida da arrecadação e dos gastos públicos) e monetária (taxa de juros para segurar a inflação) partem da mesma engrenagem. “Se a economia continuar desacelerando por razões ligadas à política monetária, vamos ter problemas fiscais porque a arrecadação vai ser impactada”, avisou.

Haddad participou, nesta quinta-feira, da sessão de debates sobre juros, inflação e crescimento econômico, requerida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Estiveram presentes também a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

O Brasil tem a maior taxa de juros básica do planeta, muito acima da praticada por países desenvolvidos e mesmo pelos países em desenvolvimento que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Os juros determinados pelo BC brasileiro são altos, apesar de a relação dívida/PIB (tamanho da dívida em relação à economia) ser similar ou inferior aos demais Brics, com exceção da Rússia.

As taxas de juros reais, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses, estão no seguinte patamar, de acordo com a Infinity Asset:

Brasil

6,94%

África do Sul

1,60%

Índia

1,29%

China

0,37%

Rússia

0,19%

 

A relação dívida/PIB dos países do Brics em 2023, segundo projeção do FMI:

Rússia

16,9%

África do Sul

70,7%

Brasil

77,6%

Índia

83,8%

China

84,2%

 

BC Tostines

A dívida pública brasileira é alta por que os juros são altos, ou os juros são altos por que a dívida pública é alta? Questionado sobre, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que “não se pode confundir causas e efeito”, e que a dívida não é alta porque os juros são altos. “É o contrário: o juro é alto por causa da dívida”, disse.

Faltou ao neto de Roberto Campos explicar baseado em que teoria econômica se baseou. O fato é que o pagamento de juros e amortização da dívida nesse ano deve consumir mais de R$ 700 bilhões.

Em debate no plenário do Senado Federal, Campos Neto e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divergiram, mais uma vez, sobre o patamar da taxa Selic (juros básicos da economia). Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade seria conter a demanda aquecida e reduzir a inflação, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Como a demanda não está aquecida, conforme mostram indicadores do IBGE, o efeito na inflação é pequeno. Já o impacto na dívida pública é alto. A Selic, em 13,75% ao ano, está no maior nível desde janeiro de 2017.

Por

 Marcos de Oliveira

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