Sustainable Business COP30 busca promover o debate e a organização de ações estruturadas dos empresários em favor da sustentabilidade do planeta.
“Nosso objetivo é o de complementariedade e o de, efetivamente, garantir a entrega. Queremos mostrar o que o setor produtivo brasileiro está fazendo, de maneira formal e estruturada, para mostrar um Brasil diferente e um setor empresarial com excelentes casos de sucesso”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Segundo ele, a SB COP pode ser um catalisador, alinhado e coordenado, das ações de políticas públicas, permitindo uma relação de “ganha-ganha”. “O setor produtivo tem compromisso com a sustentabilidade. Quem não quer associar o seu valor de marca à sustentabilidade?”, destacou.
Para o embaixador e presidente da COP30, André Corrêa do Lago, o Brasil é o país chave para contribuir para a redução do impacto das mudanças climáticas. “A SB COP é a oportunidade de estarmos unidos em um pacto nacional pela COP30, uma ocasião extraordinária de mostrarmos nossa relevância e de forma internacional”, afirmou.
Corrêa do Lago reconheceu o contexto geopolítico complexo mundial, mas destacou a oportunidade única de mostrar o trabalho da iniciativa privada brasileira para o mundo, aliada ao fato de que ela é quem irá executar a maior parte das decisões.
“A preparação para a COP do Brasil é uma oportunidade de fazer do Brasil o melhor lugar para os investimentos das empresas que acreditam em sustentabilidade. O Brasil é muito querido, mas é pouco conhecido”, ponderou Corrêa do Lago.
A cerimônia de abertura também contou com a presença do governador do estado do Pará, Helder Barbalho, com participação on-line; do secretário executivo do MDIC, Márcio Rosa; e do secretário extraordinário para a COP 30 da Casa Civil, Valter Correia da Silva.
Durante a solenidade, Ricardo Mussa, chair da SB COP, informou que o setor privado responde por 80% do PIB e 84% das emissões de gases de efeito estufa (GEE). “As soluções, portanto, também estão no setor privado”, enfatizou. “Queremos deixar um legado para as demais COPs, a partir de um modelo perene de engajamento dos empresários.”
Segundo Mussa, com a SB COP será possível catalisar esforços em ações e impactos a partir de iniciativas independentes do setor privado, para viabilizar a implementação desses objetivos; criar uma agenda de ação que traga compromisso com indicadores e estratégias de monitoramento bem definidos a longo prazo; e trabalhar numa agenda de negociações com recomendações estratégicas. “As outras COPs não tiveram o potencial de protagonismo que o Brasil que pode ter”, defendeu.
Ana Toni, secretária executiva da COP30, destacou que as negociações dos governos dos países, durantes as Conferências Climáticas da ONU, são um momento específico de engajamento. “A partir da SB COP, será possível olharmos para a agendas de negociação e de ação de maneira mais coordenada e mais efetiva”, afirmou.
Toni também destacou que existem muitas COPs dentro de uma COP, portanto, é fundamental resgatar o que já foi prometido e mostrar como será monitorado o que está sendo implementado – ou não. “Não podemos achar que a COP30 vai resolver todos os problemas, por isso a importância de focarmos em dois, três temas prioritários dentro dos grupos de trabalho”, disse, explicando que cada setor terá demandas específicas.
“Existem muitas soluções interessantes, assim como muitas empresas querendo escalar e acelerar nessas soluções. O que é preciso fazer para destravá-las?”, questionou Ana Toni. Na sequência, Toni ressaltou a importância da SB COP deixar um legado brasileiro, que permita ao Brasil ser um provedor de soluções climáticas.
A programação do evento seguiu com a realização do “Painel Empresariado Global”, moderado pelo diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz. A mesa foi composta pelos líderes empresariais que estarão à frente dos grupos de trabalho da SB COP. Segundo Muniz, o setor tem desempenhado um papel ativo na mitigação e enfrentamento da crise climática e na transição para uma economia de baixo carbono. “A COP30 é uma oportunidade para que deixemos de ser um potencial verde e sejamos, na verdade, uma potência verde”, defendeu.
Para ele, o Brasil tem um diferencial estratégico na agenda climática global, pois é uma das economias mais limpas do mundo. “Precisamos dar visibilidade à essa trajetória muito positiva que o Brasil fez na transição energética. Esse será o nosso desafio: iluminar o mundo com as nossas experiências de sucesso”, afirmou. Muniz citou, ainda, a urgência dos trabalhos, devido ao contexto geopolítico atual. “Teremos que fazer esse enfrentamento, qualificado e responsável, para que deixemos um legado do Brasil para uma sociedade mais justa.”
Alex Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará, afirmou que a SB COP busca, fundamentalmente, aproximar o setor produtivo da agenda climática e dos compromissos globais.
"Com a realização da COP30 em Belém, isso traz uma oportunidade única de integração e promoção muito importante, e necessária, de um novo modelo de desenvolvimento econômico para a Amazônia, pautado na sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Esse é um movimento estratégico da CNI, ao qual parabenizo e agradeço a oportunidade de engajamento do setor industrial", disse.
Por: Luciane Improta
Fotos: Iano Andrade/CNI
Captação e edição de vídeo: Gabriel Pinheiro/CNI
Da Agência de Notícias da Indústria
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