Lei que facilita saída de cubanos passa avigorar e opositores arrumam malas
Autor(es): Guilherme Russo |
O Estado de S. Paulo - 15/01/2013
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/1/15/... |
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‘Flexibilização’.Dissidentes que tiveram autorização para viajar negada sistematicamente durante os últimos anos estão otimistas quanto à possibilidade de visitar outros países; regime, porém, se reserva o direito de negar permissão em casos de ‘segurança nacional’
Ele afirmou que “dezenas” de outros opositores deverão solicitar passaportes para deixar Cubanos próximos dias. Berta Soler, líder das Damas de Branco –movimento que ganhou do Parlamento Europeu o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento– teve a autorização de saída negada em 2005 e 2007 para receber a homenagem, em Estrasburgo, na França, juntamente a outras quatro ativistas do grupo opositor. “Agora vamos tentar de novo”, disse, afirmando que pretende solicitar um outro passaporte para, finalmente, ser laureada pelo Parlamento Europeu. Berta lembrou que, em 2006, o governo cubano não permitiu que ela fosse aos EUA para receber um outro prêmio. Sob a nova legislação migratória, o governo cubano cobra US$ 100 para a emissão do documento de identidade internacional – o dobro que cobrava anterior-mente. “Vamos pedir ajuda aos irmãos exilados (para obter os meios necessários para viajar).” O ativista Guillermo Fariñas disse que dois funcionários de segurança de Estado o visitaram ontem para lhe informar que, agora, ele poderá deixar Cuba quando quiser. “Tentei ir em 2006 a Weimar ( na Alemanha), onde ganhei o Prêmio Internacional de Direitos Humanos. No ano seguinte, impediram que eu fosse a Paris (receber outra premiação ). Em2010, impediram que eu recebesse o Sakharov”, disse, afir-ando que também pedirá um novo passaporte./ COMAFP
PARA ENTENDER
Regime temia fuga em massa
A restrição do governo cubano à saída de seus cidadãos do país teve inícioem1961, com o objetivo de evitar uma onda de emigração em massa, ocorrida após a Revolução Cubana. Havana culpava os EUA pelo que qualificava de “roubo de cérebros” e, sob esse pretexto, proibiu que profissionais qualificados e dissidentes do regime deixassem a ilha. A mudança na política migratória era uma das mais esperadas reformas que o presidente Raúl Castro tem aplicado desde 2010. A medida estendeu de 11 para 24meses o período que os cubanos podem ficar fora da ilha sem autorização oficial e não perder o direito à residência no país. |
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