Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Pronto! O primeiro passo foi dado e, como sugeriu o título desse artigo, você está lendo. Sim, provavelmente você nunca viu um título assim, mas é no fundo o que todos querem de você. Primeiro, persuadi-lo a abrir e depois que leia as suas linhas. A persuasão, aliás, faz parte de quase todos os momentos da nossa vida.

Quando você pede aquela ajuda dos colegas em sala de aula para terminar o trabalho de 50 páginas; ou quando você consegue em um dia os dados que demoram uma semana do setor financeiro para fechar um projeto ao cliente. Sim, até no copo d’água que pedimos com aquela cara de “cachorro sem dono” em casa, estamos tentando persuadir alguém a fazer o que desejamos.

Ou seja, caro leitor, a persuasão está presente em nosso dia a dia e é difícil dizer o contrário. Mas claro, não é só nisso. Esse artifício pode ser aplicado na guerra, na política, na religião e em muitas outras situações que vão desde os primórdios da sociedade.

E um fato é certo: aquele que consegue persuadir conquista aliados e desenvolve uma liderança natural. Concordo que existem pessoas que parecem ter nascido para serem formadoras de opinião, parecem ter um dom. No entanto, qualquer profissional pode aprender técnicas simples para ser mais persuasivo. Hoje, quem deseja dominar as armas da persuasão conta com um verdadeiro arsenal de livros, cursos e sites.

Gostaria de citar duas boas fontes. O primeiro é o filósofo grego Aristóteles que, em seus escritos, organizou os princípios da retórica, ciência que estuda o uso da persuasão. Aristóteles partiu da seguinte questão: "Por que é que um argumento logicamente fraco ou absurdo convence as pessoas e outro, que é razoável, não as convence?”.

Outra boa fonte no assunto é o americano Robert Cialdini, que virou referência na área ao elencar princípios universais da influência: reciprocidade, autoridade, compromisso, escassez, gosto e influência social. Livros como “Influence: Science and Practice” e “Sim! 50 Segredos da ciência da persuasão” são bem recomendáveis.

Em 2011, a persuasão foi um dos temas escolhidos para ser a reportagem de capa da Revista Administradores. Na edição, nós destacamos os dez “mandamentos” para desenvolver o poder de persuadir. Você pode conferir abaixo cinco desses mandamentos destacados na reportagem da Administradores escrita pela repórter Michelle Veronese. Caso queira ler os outros cinco, então, clique aqui e vá para a página 32.

Emocionarás
“O propagandista deve ter, acima de tudo, um grande conhecimento da alma humana”, disse uma vez Goebbels, o pai da propaganda nazista. Embora ele tenha usado a persuasão da pior maneira possível, ele tinha razão. Os mestres da persuasão costumam depertar as emoções dos ouvintes. Para isso, falam apaixonadamente e, em seus discursos, apelam para valores, sonhos e ideais compartilhados pelas pessoas.

Oferecerás tua mão  
Você recusaria um favor a alguém que já lhe ajudou no passado? Sabemos que não. Por trás desse gesto atua a lei social da reciprocidade – chamada por Robert Cialdini de “princípio da reciprocidade” – que, embora nunca tenha sido escrita, sentencia que uma boa ação a nosso favor deve ser retribuída. Portanto, se você quer que alguém faça uma concessão numa reunião de negócios, dê o primeiro passo, abrindo mão de algum item. No dia-a-dia, acostume-se a ser solícito. Uma dose diária de favores irá aumentar as chances de você ser mais persuasivo quando precisar no futuro.

Buscarás teus semelhantes
Gostamos de pessoas semelhantes a nós, dizem os especialistas em comportamento humano. E não estamos falando de semelhanças óbvias, como a aparência física. Traços de personalidade, estilos de vida, opiniões, times de futebol e até nomes, quando semelhantes, facilitam a aproximação e abrem caminho para a persuasão. Na próxima vez que ensaiar um discurso persuasivo, lembre-se de enfatizar alguma similaridade com seu ouvinte.

Começarás pedindo “pelo menos”
“Ajude com pelo menos...”. Esse tipo de frase, que você dever ter ouvido uma centena de vezes,  apóia-se na ideia de que as pessoas tendem a ajudar mais quando começamos pedindo pouco. Tem uma pilha de tarefas atrasadas? Em vez de pedir para seu funcionário encarar todo o desafio, explique que, se ele executar ao menos uma, terá ajudado muito. Pedir pouco, no início, abre caminho para pedidos maiores no futuro. De acordo com os especialistas, depois que dizemos “sim” a uma pequena solicitação, nossa tendência é aceitar mais naturalmente as próximas, mesmo que elas exijam mais da nossa parte.

Entenderás o comportamento de grupo
Somos seres sociais. Não apenas gostamos de pertencer a grupos como temos a tendência de imitar o comportamento dos nossos companheiros. Não é à toa que um discurso tem mais chances de persuadir se for apresentado a um grupo. Quando acompanhadas,  as pessoas tendem a ouvir as demais, reduzindo o senso crítico e buscando opiniões unânimes. Resultado: as chances de um grupo concordar com você são maiores.

Sim... obrigado por abrir o link.

http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/...

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