Eu fui um dos primeiros a ter um telefone celular no Brasil, em 1993. Naquela época, para me tornar um felizardo, fui sorteado pela então TELERJ, companhia estatal carioca de telefonia. Para se ter um celular, naquela ocasião, era preciso entrar numa enorme fila e participar de um sorteio, ou então comprar sua “linha”, como nos referíamos ao serviço de telefonia na época, no mercado paralelo. Para que vocês tenham uma ideia, em 1994, uma “linha” de celular comprada de terceiros custava 3.500 dólares, em moeda de hoje, mais de R$ 8.000,00, além do custo do aparelho, é claro. Ou seja, o direito de usar um telefone celular custava 8.000 reais, mais o custo do aparelho, sem contar com o fato de que pagávamos também pelas ligações que recebíamos.
Sei que esse fato é quase que incompreensível pelas novas gerações que convivem com as várias companhias telefônicas que existem no mercado e oferecem planos que fornecem gratuitamente o aparelho em troca do privilégio de conquistar um novo cliente. Sabe por que isso acontece? Por causa da livre concorrência. Sem concorrência, ou seja, um monopólio, seja privado ou estatal, quem mais perde é o consumidor. Não há razão para lutar pelo cliente, logo o serviço se torna precário e não há esforço para conquistar mercado, o que inflaciona o preço. No entanto, num cenário de livre concorrência, a tendência é a melhoria dos serviços e a redução dos preços. A privatização desses setores gerou enormes benefícios para todos nós.
O exemplo mais recente é o que está acontecendo entre o WhatsApp, depois da aquisição feita pelo Facebook por 19 bilhões de dólares, e o Viber, outro aplicativo de mensagens disponível de mercado. Fontes não oficiais dizem que o aplicativo tem quase 400 milhões de usuários no mundo, um pouco menos que o WhatsApp, e foi comprado pela japonesa Rakuten por 900 milhões de dólares. Um dia depois que o WhatsApp anunciou que passaria a oferecer ligações gratuitas entre usuários, serviço que o Viber já oferece há 3 anos, a empresa japonesa contra-atacou, dizendo que a partir desta terça-feira (25) vai oferecer ligações gratuitas para telefones fixos através do app. “Nós queremos ser o maior aplicativo de mensagens do mundo. Essa é a nossa ambição. Se eles querem ter mais de um bilhão, a gente quer ter mais do que o um bilhão deles”, dispara Luiz Felipe Barros, diretor geral do Viber no Brasil.
Os maiores beneficiados da livre concorrência são os próprios consumidores, os mesmos que são extremamente explorados pelos arcaicos e desmotivados monopólios estatais. Sendo assim, viva a competição e que vença o melhor!
Texto publicado originalmente no Blog do Geração de Valor e cedido gentilmente ao Administradores.com
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