Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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‘Madame Pidona’, de Miguezim de Princesa: a Marquesa de Santos de Dom Pedro III já virou personagem de cordel

Em 20 de outubro de 2009, a coluna publicou o cordel “Um PAC com a Dilma”, de Miguezim de Princesa. Passados três anos, nosso poeta popular continua em ótima forma: divididos em dez estrofes, os versos de “Madame Pidona” traçam o perfil e resumem o estilo de Rosemary Noronha, a Marquesa de Santos de Dom Pedro III.

O Brasil Maravilha que Lula inventou tornou-se uma capitania saqueada por quadrilhas federais protegidas por governantes de quinta categoria, que se mantêm no poder graças ao apoio de incontáveis vigaristas e da imensidão de cretinos fundamentais prontos para retribuir com o voto a esmola que garante a vida não-vivida. Os idiotas precisam de educação. A bandidagem precisa de cadeia.

O julgamento do mensalão mostrou que as coisas estão mudando. Enquanto a merecida punição não vem, meliantes apadrinhados por Lula e protegidos por Dilma Rousseff devem ser castigados com o sarcasmo, o deboche, o desprezo e a repulsa dos brasileiros decentes. Os versos do cordelista paraibano, por exemplo, doem mais que uma noite na cela. (AN)

MADAME PIDONA

(Miguezim de Princeza)

I
Que madame mais pidona:
Pedia sapato e bebida,
Brinco, anel e trancilim,
Colírio e furosemida,
Pedia até cirurgia
Pra enfeitar a “perseguida”.

II
No dia que ia almoçar
No rodízio de espeto,
Comia picanha, javali,
Coelho, sushi e galeto,
Depois indicava o besta
Para pagar o boleto.

III
Chefiando o gabinete
Da ilustre presidente,
Madame não se cansava
De tanto pedir presente
E, quando via um pacote,
Ela arreganhava os dentes.

IV
No Air Force Fifty One,
Pra cima e pra baixo andava,
Curruchiando com os homens
A quem demais agradava,
Enchia a bolsa de tudo
E ninguém a revistava.

V
O segredo de agradar
Tanto senhor afamado
É que ela todo ano
Reunia o apurado
Para cuidar de um lugar
Por demais apreciado.

VI
Depois de tudo cuidado,
Botava pra derreter,
Fazia o maior salseiro
Na hora do vamos-ver,
Inda pedia ao freguês
Para dar o parecer.

VII
Tinha parecer de cem,
De trezentos e de 1 milhão.
Quando ela estava inspirada,
Deitava touro no chão
E elogiava o besta:
“Cabra do parecerzão!”

VIII
De tanto queimar em brasa,
Formaram uma comissão
Para diminuir um pouco
Toda aquela comichão:
Chamaram um homem das águas,
Outro da aviação.

IX
Para completar o time
Do ar, da água e do chão
E o parecer completo
Render uma boa comissão,
Chamaram um advogado
Que já tinha parte com o cão.

X
Madame era tão pidona
Que chegou a encomendar
A Miguezim de Princesa
Um verso a lhe elogiar,
Mas o poeta, cabreiro,
Respondeu-lhe bem ligeiro:
“Deus me livre de ir lá!”.

Fonte:http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

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