Depois de a Via Varejo afirmar que é hora de voltar a acelerar aberturas de lojas, o Magazine Luiza também vai retomar a expansão orgânica, após um primeiro semestre fraco para ambas nesse sentido. O Valor apurou que esse movimento pode ganhar força com novas aquisições de pontos. As duas empresas avaliaram nos últimos meses acordos de locação de lojas da Ricardo Eletro.
Segundo fontes, o Magazine teria analisado no começo do ano os pontos ocupados pela varejista no Rio de Janeiro – onde surgiu o Ponto Frio, rede da Via Varejo. Já a empresa fundada pela família Klein já tem fechado, de forma pontual, negociações de longo prazo de pontos antes alugados pela Ricardo Eletro em vários Estados. São lojas que foram sendo devolvidas pela Ricardo Eletro antes mesmo do pedido de recuperação judicial neste mês, diz fonte.
Os movimentos tendem a acentuar o processo de consolidação no setor, com as duas varejistas ganhando mais mercado e também acelerando a competição entre si. Controlada pela Máquina de Vendas, a Ricardo Eletro está fechando as suas 320 unidades nas últimas semanas, após pedir recuperação judicial no dia 7.
Segundo fonte do setor, o Magazine teria manifestado interesse nos pontos do Rio para a sua entrada naquele Estado, que antes da pandemia já era prevista para ocorrer neste ano. Mas a crise gerada pela covid-19 adiou as conversas iniciadas alguns meses atrás. Há 29 pontos da Ricardo Eletro na região e cerca de 20, considerados mais “premium”, são de maior interesse do Magazine.
Procurado, o Magazine Luiza informou que, neste momento, não há negociação em andamento.
“Toda crise tem seleção natural e esperamos empresas mais frágeis, já temos redes com pedido de recuperação judicial, como a Ricardo Eletro, e outras com problemas […] e vejo que a equipe do Fabrício [Fabrício Garcia, vice-presidente comercial] vai aproveitar para analisar isso”, disse ontem o presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, em teleconferência com analistas sobre o balanço trimestral. “Abrimos pouquíssimas lojas no ano e vamos retomar isso.”
Em junho, o grupo tinha 1.157 lojas, versus 1.113 em dezembro, e R$ 7,5 bilhões em caixa – R$ 5,5 bilhões a mais que um ano antes. O Magazine vem adquirindo nos últimos três anos startups de logística, tecnologia e sistemas, empresas de comunicação e no varejo.
Já a Via Varejo, que também vem adquirindo startups nos últimos meses, está trabalhando para bater uma meta de abertura de 60 a 80 pontos em 2020, apurou o Valor. A empresa não comenta esses números. A busca por unidades é forma de as redes integrarem mais pontos às suas operações on-line, e com isso ampliar vendas em todo o sistema – físico e digital.
“Estamos reativando o plano de expansão de lojas”, disse semanas atrás a analistas o presidente Roberto Fulcherberguer. Em junho, eram 1.071 lojas de Casas Bahia e Ponto Frio, cinco a mais que um ano atrás. Após recente oferta de ações, a empresa, mais capitalizada, tinha R$ 7,4 bilhões em posição de caixa total ao fim de junho.
Fonte: Valor Econômico
http://sbvc.com.br/magalu-via-varejo-aquisicoes/
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