Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Magazine Luiza quita dívida de R$ 3 bi e zera pressão de curto prazo

Os próximos vencimentos de dívidas com bancos ocorrem no fim de 2025, disse o CEO da companhia.

O Magazine Luiza reduziu seu endividamento em R$ 3 bilhões de janeiro a março, zerando a dívida de curto prazo. Os próximos vencimentos de dívidas com bancos ocorrem no fim de 2025, disse o CEO Frederico Trajano, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira. A menor pressão nessa linha vem num momento de mercado mais receoso com os riscos sobre esse segmento depois do anúncio da recuperação extrajudicial da Casas Bahia.

No fim de abril, foram pagos R$ 2,1 bilhões em notas promissórias, considerando amortização mais juros. E em janeiro, foram quitados cerca de R$ 900 milhões em debêntures, considerando-se também amortização e juros. Esse último pagamento veio dos recursos do recente aumento de capital privado de R$ 1,25 bilhão.

Na conversa com analistas, Trajano ainda mencionou o cenário de outras empresas em dificuldades — sem citar alguma rival em particular — e, apesar desse ambiente, afirmou que a empresa com esforço conseguiu melhorar seus principais indicadores. Margem e lucro evoluíram de janeiro a março.

Trajano defendeu a operação da loja física, algo que é questionado em momentos de crise, disse. Afirmou que o primeiro trimestre foi o melhor desempenho de loja física em dois anos e meio — as vendas “mesmas lojas” (em operação há mais de um ano) subiram 9%.

Sobre o Difal, o diferencial de alíquota do ICMS, que passou a ser cobrado após decisão do STF no ano passado, a empresa passou a repassar parte maior disso aos preços no segundo semestre, logo, haverá base mais tranquila para crescer no segundo semestre, afirmou ele.

Além disso, a alta do Difal reduz o “gap” de preços entre on-line e loja, já que o on-line tinha uma vantagem competitiva por essa diferença de ICMS, e esse equilíbrio pode ser positivo para os canais, especialmente para as lojas. Ele não comentou sobre eventual impacto nas vendas pelos preços mais altos especificamente no on-line daqui para frente

“A diferença de 20% em venda de mercadoria era muito difícil compensar isso na loja”, afirmou o CEO.

Pelos dados do primeiro trimestre, as vendas totais, incluindo lojas físicas, on-line com estoque próprio e marketplace cresceram 3,1% comparado ao mesmo período do ano anterior e totalizaram R$ 16 bilhões . Houve alta de 1,3% no comércio eletrônico e 8% nas lojas físicas.

O Kabum, operação focada em tecnologia e itens de informática, inaugurou a loja física em abril, dentro da unidade do grupo na Marginal Tietê, e haverá novas inaugurações neste modelo de “store in store”.

A empresa teve lucro líquido de R$ 28 milhões de janeiro a março, versus perda de R$ 391 milhões um ano antes. A companhia não teve efeitos de itens não recorrentes neste trimestre.

Trajano disse ainda que “quer crescer só se tiver aumento de rentabilidade, e a “temática de 2024 é aumento do NPS”, que mede nível de serviço. Esse índice total na corporação está em 73, já foi 66 há cerca de dois anos, e a ideia é chegar a 80. Há algum tempo, o Magalu busca equiparar o NPS da sua venda própria à venda do marketplace de lojistas parceiros — os índices são 65 e 80, respectivamente. “Tivemos foco obsessivo em lucratividade por dois anos, agora ideia é elevar NPS de 73 para 80”, disse.

Por Adriana Mattos 

Fonte: Valor Econômico

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