Líder da QuantumBlack aponta IA como aliada na eliminação de tarefas repetitivas, liberando os funcionários à criatividade.
A ascensão da Inteligência Artificial (IA) tem provocado debates intensos sobre seu impacto no mercado de trabalho. Alexander Sukharevsky, Líder de IA da McKinsey, trouxe dados reveladores durante o Fortune Global Forum, em Abu Dhabi. Segundo análise do especialista, 70% das tarefas realizadas pelos funcionários podem ser automatizadas, sugerindo que, nos próximos 20 anos, metade delas poderá ser substituída por máquinas.
Durante o evento, em conversa com Alan Murray, CEO da Fortune, o especialista afirmou que a IA generativa é uma mudança tecnológica crucial. Para ele, a tecnologia está redefinindo o panorama laboral ao reduzir os custos de produção e automatizar processos. Isso poderia resultar na eliminação de funções administrativas e repetitivas, transformando a maneira como os trabalhadores executam suas tarefas diárias.
“Semelhante ao que a Internet fez com a distribuição, a IA generativa faz com a criatividade, o que significa que o custo marginal de produção de um filme, um slide, uma recomendação legal, chega perto de zero a um ritmo significativamente mais rápido”, disse ele.
Nesse contexto, o líder da QuantumBlack ressalta a importância de encarar a IA como uma aliada, e não como uma substituta, dos seres humanos no ambiente laboral. Destacando a capacidade da IA de liberar o potencial criativo dos trabalhadores, ele enfatiza que cada indivíduo pode desbloquear seu talento criativo ao ser liberado de atividades corriqueiras e de menor importância.
“Estamos no início de uma era de criatividade, porque a criatividade se baseia na inspiração e muitas vezes na pesquisa”, disse. “Se você usar IA generativa, poderá acelerar a pesquisa e desbloquear o potencial de praticamente todos os indivíduos, ao mesmo tempo que elimina algumas das partes rotineiras do que estamos fazendo hoje. Então, na verdade, acho que é bom. Feche a lacuna e permita que cada um de nós seja criativo [e controle] seu próprio destino”, comentou.
No entanto, Sukharevsky enfatizou ainda a necessidade dos líderes avaliarem função por função para compreender o impacto da IA, em vez de fazerem generalizações amplas sobre sua perturbação na força de trabalho.
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