Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Mais da metade das garrafas pet é reciclada

Fonte:|zerohora.clicrbs.com.br|

Apenas no ano passado, foram reprocessadas 253 mil garrafas, um crescimento de 9,5%

Capazes de se transformar em produtos tão versáteis como camisetas, edredons, para-choques e piscinas, as garrafas pet também começam a reciclar sua imagem de problema ambiental.

O5º Censo da Reciclagem do Pet no Brasil, que será apresentado oficialmente hoje pela Associação Brasileira da Indústria do Pet (Abipet), mostra que a reciclagem da matéria-prima cresceu 9,5% em 2008, alcançando 54,8% do total de embalagens produzidas no país no período.

Apenas no ano passado, foram recicladas 253 mil toneladas de garrafas pet, volume que coloca o Brasil entre maiores recicladores do produto no mundo. Para se ter uma ideia, a média europeia é de 46%, e os Estados Unidos reciclam 27% da sua produção.

Empresas divesificam os produtos reciclados

A versatilidade da matéria-prima e a crescente preocupação em atender aos apelos dos consumidores por produtos mais ecológicos estão entre os motivos da expansão do setor, a tal ponto que a demanda é maior do que a oferta. Como apenas 5% das cidades têm coleta seletiva estruturada, o setor trabalha com um índice de 20% a 30% de ociosidade.

– A sociedade tem de pressionar cobrando o aumento da coleta seletiva. Se houver mais coleta, a indústria está preparada para recebê-la – afirma o presidente da Abipet, Auri Marçon.

Empresas que já investem no setor, como a Maxitex Indústria Têxtil, com sede em Sapucaia do Sul, colhem os frutos da produção ecológica. A empresa foi pioneira no país na utilização de tecidos de garrafa 100% Pet, há seis anos, e hoje vende sua produção para linhas ecológicas de grandes marcas, como All Star, Nike e Mormai.

– Quando começamos, nos chamaram de loucos. Hoje as pessoas olham a qualidade do que produzimos e nem acreditam que é Pet – conta o diretor comercial da empresa, Romeu Baldissera.

A qualidade é atestada pelo pró-reitor de extensão e assuntos comunitários da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Ricardo Rieth, que encomendou um terno feito de garrafas pet.

– Como elegemos a responsabilidade socioambiental como diretriz geral, temos que dar exemplo. É um pouco mais pesado, mas é como qualquer outro terno, é perfeito – afirma.

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Comentário de Textile Industry em 18 novembro 2009 às 14:51
Crise limita crescimento de reciclagem de PET - |Valor online|


O volume de embalagens PET recicladas em 2008 registrou um aumento de 9,8% em comparação com o período anterior, segundo o 5º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, que será divulgado hoje. Em números absolutos, 253 mil toneladas do produto receberam destinação ambientalmente correta, acima das 231 mil toneladas de 2007. O volume corresponde a 54,8% das novas embalagens produzidas no período.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), a alta deveu-se à diversidade de aplicações do material na indústria. O setor têxtil continuou sendo o que mais absorve o poliéster reciclado, com 38% de participação no mercado total. Mas, segundo Auri Marçon, presidente da Abipet, o destaque foi o aumento de participação, para 18%, do segmento de resinas insaturadas - fibras de vidro utilizadas em piscinas, banheiras e bancos de metrô, por exemplo.

O PET reciclado também é usado na fabricação de uma grande lista de produtos, como cordas, vassouras, tubos e até novas embalagens, entre vários outros.

Assim como em outros setores, a reciclagem também foi afetada pela crise econômica mundial, que reduziu o valor pago pelo material entregue à indústria.

Como nas edições anteriores, a coleta ineficiente continuou limitando o trabalho da indústria, que opera com capacidade ociosa de 25%. "Ficamos represados de novo pela coleta", diz Marçon. Ele lembra a necessidade de políticas públicas para alavancagem da coleta e reciclagem no país.

Para 2009, a Abipet espera que o setor repita, no máximo, o desempenho de 2008. A crise econômica mundial, que perdurou nos primeiros meses do ano, não permitirá ganhos. "Não haverá crescimento. Não houve criação de investimentos", diz Marçon.

Em 2008, cerca de 500 empresas em todo o Brasil participaram da atividade, gerando um faturamento de R$ 1,09 bilhão.

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