Mais de 60% dos profissionais de TI brasileiros querem trabalhar fora do País

[Romildo de Paula Leite]

Número de desempregados no setor é o menor desde a pandemia, indica estudo feito durante o TDC Florianópolis.

Foto do TDC em Florianópolis. Foto: Divulgação

Mais de seis em cada 10 (60,18%) profissionais de TI brasileiros têm interesse em trabalhar fora do País. É o que indica um estudo feito durante a TDC (The Developers Conference), evento voltado para profissionais de TI. Os dados são coletados desde 2019 e foram atualizados em junho, durante edição do evento em Florianópolis (SC).

A pesquisa mostra que só 9,88% dos profissionais dizem não ter interesse em trabalhar fora do Brasil. Para 29,88%, a resposta é “talvez”.

Embora a proporção do número de trabalhadores que desejam trabalhar fora tenha se mantido relativamente estável desde 2019, a porcentagem de 60,18% é a menor registrada – o pico foi observado em 2021, com 63,25%. O número de profissionais que responderam “não” em 2024 foi o maior registrado desde o início do levantamento.

Emprego subindo

O estudo analisou também a porcentagem de profissionais que não estão empregados atualmente. 4,91% disseram não estar trabalhando. Em 2019, esse número era de apenas 1,62%, mas saltou para 4,15% e depois 5,27% em 2020 e 2021, voltando a cair a partir de 2022.

“As flutuações de 2021 a 2024 indicam que o mercado de trabalho passou por períodos de recuperação e novos desafios”, comenta Yara Mascarenhas, CEO do TDC. “As variações na porcentagem de pessoas não empregadas refletem as condições econômicas voláteis e a incerteza persistente no mercado de trabalho global, mas a queda em 2024 sugere uma tendência de recuperação.”

O estudo também indica que 32,25% dos profissionais estão ativamente procurando emprego – número maior que no começo dos levantamentos, em 2019, quando a porcentagem era de apenas 23%. Já o número de pessoas que escolheram a opção “Não, mas estou sempre de olho nas oportunidades” ficou em 51,07%, o menor número registrado: o total era de 63,98% em 2019, mas vem caindo desde então.

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