"Mais do que negociar, varejo e indústria precisam cocriar"

[Romildo de Paula Leite]

Ambos os setores precisam trabalhar em prol do consumidor e entender o que o cliente final quer, em que ocasião e como quer ser atendido

Por Redação

“Hoje não é mais produtivo a indústria ou o varejo defenderem seus próprios interesses, pois o objetivo de ambos é o mesmo: conquistar o consumidor”. A afirmação foi feita por Sergio Alvim, CEO da SA Varejo, em um painel ontem (13/10) comandado por ele no Involves Experience, evento voltado ao trade marketing, que acontece até hoje no Pro Magno, localizado na capital paulista.

O CEO da SA ressaltou que, atualmente, o poder está nas mãos do consumidor. “Mais do que negociar, hoje o varejo e a indústria precisam cocriar”, afirmou. “O desafio comum é entender o que o cliente final quer, em que ocasião e como quer ser atendido”, disse.

Para se ter uma ideia, atualmente o consumidor frequenta cerca de 9 diferentes canais. Como consequência, tem sido observada uma multiplicação de modelos no mercado, que vão de dark stores a lojas autônomas. Sem contar a entrada de competidores tipicamente digitais na concorrência, como a Justo.

“Tudo isso conduz o varejo a uma necessidade de conhecer o consumidor individualmente a fim de realizar ações personalizadas, entendendo o que o cliente compra e criando estratégias customizadas”, reforçou Sergio. Segundo ele, para isso acontecer na prática é preciso investir em inteligência de dados.  

É o que faz a Ambev, que disponibiliza, por meio de parceria, ferramentas de CRM para o varejo. A empresa conta ainda com um time de gerenciamento por categorias dedicado a entender a missão de cada loja e a criar ações direcionadas a partir de dados do varejo e do consumidor.

“O foco é entender como oferecer mais opções e fazer com que o consumidor compre um produto mais premium, por exemplo. Há um mundo de possibilidades, mas é preciso se modernizar para não ser engolido pelo mercado”, afirmou Nathalia Julião, key account manager da Ambev, que também participou da discussão.

Representando o varejo durante o painel, Fernanda Dalben, diretora de marketing e trade do Dalben Supermercados, do interior paulista, acrescentou que, na empresa, há uma troca com o fornecedor. Da mesma forma que a rede recebe informações e sugestões da indústria também compartilha oportunidades identificadas em suas lojas. “É uma via de mão dupla. Não tem como pensar em ações sem olhar para os dados e fazer as contas. É essa inteligência que precisamos utilizar em vez de apenas colocar na prateleira um produto sem estratégia”, completou a varejista.

Fonte: S.A. Varejo

https://sbvc.com.br/mais-do-que-negociar-varejo-e-industria-precisa...

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