Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Marca brasileira de Street Wear vira moda e fatura R$ 40 Milhões

A Kings Sneakers, rede fundada por Igor Morais, nasceu em uma pequena loja na Galeria do Rock; e hoje conta com 43 unidades em todo o Brasil.

Igor Morais, fundador da Kings, rede que faturou R$ 40 milhões em 2017 (Foto: Divulgação)

Igor Morais, fundador da Kings, rede que faturou R$ 40 milhões em 2017 (Foto: Divulgação)

 É meio assustador ver o nosso crescimento. Mas acho que todo empreendedor sente essa insegurança quando vê o negócio bombar. Não há muito o que fazer. Tem que ir pra cima do sonho.” A frase – e a sensação – são de Igor Morais, fundador da King Sneakers, marca de tênis e roupas que nasceu em 2007 numa pequena loja da Galeria do Rock, em São Paulo, e fechou o ano passado com um faturamento de R$ 40 milhões.

A história de empreendedorismo do paulista de 36 anos, entretanto, começou antes de 2007. Na sua juventude, Igor ajudou seu pai a tocar uma banca de jornal, no centro de São Paulo. Depois do negócio não dar certo, viu seu pai investir em uma loja de vinis na Galeria do Rock, tradicional centro comercial de São Paulo. Quando estava prestes a fechar pela segunda vez, Igor decidiu assumir o negócio pra si.

Juntou o dinheiro que tinha para comprar uma caixa de CDs e começou a revenda no ponto. Manteve a loja até 2006, quando a mídia começou a decair no país. “Já começou a bater outro desespero. Sempre foi assim. Vai, faz e acaba. Fiquei até calejado.” Nesse momento, quando estava prestes a entregar o ponto, passou por uma outlet de artigos esportivos.

Loja da Kings Sneakers, rede fundada pelo empreendedor Igor Morais (Foto: Divulgação)

Loja da Kings Sneakers, rede fundada pelo empreendedor Igor Morais (Foto: Divulgação)

“Vi alguns pares de tênis exclusivos, comprei com um cartão emprestado e decidi revender na loja”, afirma. Em menos de dois meses, já contava com 100 pares de tênis na loja. Foi aí que a Kings nasceu. 

Igor conta que não demorou muito para as empresas buscarem parcerias com a sua loja. “A Nike me procurou para um projeto exclusivo e tive a oportunidade de começar com uma das líderes de mercado. Foi uma benção, porque as outras vieram atrás.”

Tênis de marcas diversas, inclusive da Kings, expostos em loja da marca (Foto: Divulgação)

Tênis de marcas diversas, inclusive da Kings, expostos em loja da marca (Foto: Divulgação)

Produção própria

Após se estabelecer como loja multimarcas, o empreendedor decidiu apostar em inovação. A saída para atrair novos clientes foi lançar uma marca própria. “Comecei a perceber que o cliente do tênis esportivo buscava também outros produtos.”

Para a divulgação dos tênis e roupas originais, utilizou sua expertise como lojista da Galeria do Rock. “Eu cresci lá e vi artistas como Criolo e Emicida surgindo comigo. Por que não usar a força de todos e crescer juntos?”, diz. A partir desse momento, a empresa, que também conta com mochilas e cadernos próprios, adotou a estratégia de ligar a marca às pessoas de relevância do meio artístico.

Bonés da Kings; empresa apostou em produtos próprios para ganhar novos clientes (Foto: Divulgação)

Bonés da Kings; empresa apostou em produtos próprios para ganhar novos clientes (Foto: Divulgação)

“E deu super certo”, diz Igor. Com o passar do tempo, se tornou referência entre os jovens de São Paulo que se inspiram no estilo de rappers, skatistas e MCs. Agora o empreendedor busca reproduzir o modelo em outros estados brasileiros. “Começamos a vestir influenciadores regionais com o objetivo de solidificar a marca. Ainda somos muito novos.”

Expansão

O empreendedor pode até considerar a marca nova, mas a Kings já é relevante no mercado nacional. São 43 unidades no país – 15 próprias e 28 franquias. Por mês, a rede fatura R$ 3 milhões. Em 2017, a Kings fechou com R$ 40 milhões de faturamento. De acordo com Igor, 40% desse valor tem origem na venda dos produtos originais.

“Como eu cresci sem dinheiro, é assustador. As contas são maiores, os investimentos são maiores e tudo isso assusta. Mas, ao mesmo tempo, é satisfatório ver tudo isso acontecendo”, diz o empreendedor.

Por Rennan A. Júlio

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Comentário de Romildo de Paula Leite em 15 fevereiro 2018 às 15:15

  “Como eu cresci sem dinheiro, é assustador. As contas são maiores, os investimentos são maiores e tudo isso assusta. Mas, ao mesmo tempo, é satisfatório ver tudo isso acontecendo”, diz o empreendedor.

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