Um dos participantes da marcha, durante a caminhada, colou um adesivo do evento na moto de um PM e foi detido por um policial. Quando isso ocorreu, manifestantes começaram a discutir com os agentes, que usaram o spray de pimenta. Dois adolescentes ofenderam os policiais e foram detidos por desacato. Todos foram encaminhados para a Delegacia do Leblon (14ª DP).
O evento, que tem como objetivo reivindicar a descriminalização do uso da maconha, teve concentração no Jardim de Alah, no final da praia de Ipanema, zona sul do Rio, e terminou no Arpoador.
De acordo com o organizador da marcha e sociólogo Renato Silva, o evento, que acontece em 300 cidades de 40 países diferentes, tem como objetivo fazer um debate sobre a política de drogas, sobre a proibição da maconha, reivindicando a legalização, tanto da produção, como do comércio e distribuição da erva. Do ponto de vista de Silva, a descriminalização pode resolver diversos problemas sociais, principalmente ao que se refere ao trafico de drogas.
- A legalização iria tirar a maconha do círculo do crime, já que o mercado fica na ilegalidade e favorece as quadrilhas e consequentemente a violência.
Para o vocalista da banda Detonautas, Tico Santa Cruz, que também participou da marcha, o artista deve exercer o papel social.
- O meu papel como artista é participar. Não estou aqui para fazer apologia à maconha, apenas promover o debate. É uma sociedade alcoólatra e tabagista que condena a legalização da maconha. É hipócrita.
Já para o secretário estadual do Meio Ambientes, Carlos Minc, que usava um colete de cânhamo, uma fibra têxtil de Cannabis sativa, nome científico da maconha, o Brasil passa por um momento brilhante e manifestações como essa são de extrema importância para derrubar qualquer tipo de preconceito no país.
- Estamos vivendo um momento maravilhoso. O STF [Supremo Tribunal Federal] aprovou os direitos da união homossexual. Temos uma presidente mulher. Está na hora de descriminalizar a maconha.
Porém, nem todos os participantes estavam de acordo com a manifestação. É o caso do professor de educação física Otávio da Silva Guimarães, que acredita que esse tipo de protesto é equivocado.
- Antes de fazer uma manifestação de legalização da maconha, as pessoas deveriam buscar preencher seus vazios interiores de uma forma que não seja necessário o uso de substâncias. Maconha altera a consciência e esta não deve ser alterada.
FONTE: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/marcha-da-maconha-re...
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