Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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"Como Lula não lê e despreza a história, talvez seja caso de alertá-lo que os líderes da base de apoio do seu governo (e mais os petistas com assento em instâncias decisórias) estão sendo condenados por uma lei de .. 1940! O Código Penal Brasileiro" (Foto: Lalo de Almeida / NYT)

Não estamos comemorando a prisão de alguns. Comemoramos o desmascaramento de muitos.

Não estamos alegres por ver nossa tese – que era evidente – como vencedora. Antes, comemoramos a prevalência do Estado de Direito.

Passaremos a confiar mais nos limites constitucionais. Democráticos. O mesmo Supremo Tribunal Federal que não remeteu Cesare Battisti à Itália (como era meu desejo) se manifesta de modo igualmente independente neste triste caso de corrupção deslavada.

Aprendi a respeitar ambas as decisões. Mesmo discordando de uma delas.

Ninguém pode ficar eufórico com a constatação – plena, sem subterfúgios ou chicanas – de que um projeto de poder queria reduzir o Legislativo a um apêndice do Executivo.

Comemoramos o freio que a cidadania soube impor ao delírio de poder sem limites

E que esperava, pelas indicações, que o Poder Judiciário seria o próximo poder a ser subjugado.

Os fatos ocorridos nos enchem de vergonha. A todos.

Ficamos eufóricos sim com a constatação de que a democracia que construímos (TODOS NÓS, e não como Lula afirma ser conquista a partir de 1980! A partir do PT) resistiu às ameaças.

O que aconteceria com o Brasil se o mensalão fosse considerado uma “prática normal” que “todos fazem” e que “eles não sabiam”?

Nossa esperança nasce do fim do medo, mesmo que temporário.

Já vivemos o que se pretendia. Legislativo comprado (os arenistas eram a face antiga da nova base aliada) e Judiciário intimidado. Vale a pena recordar: houve época (tristes tempos) que a Justiça Militar era mais importante que o Supremo. E os desejos dos ditadores de plantão ditavam as condenações de quem se lhe atravessa-se o caminho.

Comemoramos o freio que a cidadania soube impor ao delírio de poder sem limites. De um só poder: o poder corrompido e corruptor.

O julgamento não acabou. O que acabou foi a farsa. Alguém se lembra de quem usou o termo para definir este processo? Os ministros – os independentes que honram a toga – disseram em alto e bom som: um esquema criminoso de compra de apoio político e votos.

Em quem acreditar? Nos juízes que tratam do tema há seis anos ou no chefe do partido que urdiu a trama? Que pulava de “traição”, para “desculpas” e terminou com a “farsa”.

Do PT daqueles que acreditavam sobrou apenas um retrato na parede

Não era (e é) só corrupção. Era a corrupção elevada à benfeitoria, pois que diziam roubar em nome do partido! Como se assim fosse um crime menor. Os fins justificando os meios.

O PT perdeu – por preguiça ou por descaso – o que chegou a ter, um dia, como mais valioso. A esperança que incutiu em uma nação. A proposta de mudanças. A visão diversa que alternando – democraticamente – com governos anteriores, poderia mostrar a diferença.

Preferiu o caminho do aparelhamento do Estado, como cães famintos em busca de ossos. Escolheu a compra de consciências (se houvessem…) ao embate democrático e convencimento. Caiu na dita herança maldita, que passados 10 (DEZ!) anos ainda é usada como argumento de ocultação da própria inoperância. Desprezou o caminho da vigilância permanente (com o direito de quem era oposição) para a mentira repetida à exaustão, em um diapasão quase doentio.

Abandonou quem nele acreditava. De modo sincero. Restou uma foto na parede. Substituída pelos mandados de prisão que serão emitidos.

A histeria (e eximo amigos queridos que se batem pela democracia deste estado de agir) era (e ainda é) raivosa. Os argumentos, ofensivos. Discordar era trair o Brasil. Apontar incongruências visto como ofensa ao líder que “nunca antes neste paíz” mereceria as mesmas

Acordos espúrios e zumbis putrefatos

O elogio à ignorância (alertado por nós) colocado como elitismo e não aceitação do “operário, pobre e nordestino” que se tornou presidente do Brasil.

Os acordos espúrios e o renascimento de zumbis putrefatos (Sarney, Renan, Collor, Severino, a agora MALUF, etc. etc.) defendidos como “governabilidade”.

O roubo escancarado e despudorado quando apontados, como matéria de uma pretensa “imprensa golpista”. Que vive de venda em bancas e publicidade. Jamais de patrocínios oficiais.

Jornalistas que não têm bandidos de estimação, apontados como vendidos e sem caráter. Comentaristas de blogs (eu me cito!) ameaçados, como se ameaça houvesse por parte de ratos.

E, ao menos por cá, preferimos insistir que o Poder Judiciário faria a diferença. Uma Alta Corte com a esmagadora maioria indicada por “eles”, como absurdamente discursou o senador Jorge Viana (PT-AC).

Mesmo assim, continuávamos (restava outra alternativa?) a designar os fatos pelo nome: quadrilheiros, mensaleiros, roubo, compra de votos, corrupção e intimidação. Restava acreditar que a democracia de TODOS NÓS seria forte o suficiente para suportar estas tentativas de bolivarização.

Aos que defendem o julgamento célere dos mensaleiros de MG, contem conosco

Falta um longo caminho pela frente. Aos que defendem o julgamento célere dos mensaleiros de Minas Gerais, contem conosco. Também queremos.

O crime de alguém não minoriza a gravidade do crime de outrem.

Um homicídio copiado não exime de culpa o novo homicida.

Que seja julgado! E logo! Repetindo: quem tem um mínimo de coerência não pode ter bandidos de estimação!

A mesma justiça que garante a lisura das eleições; garante a posse dos eleitos; garante o amplo direito de defesa; garante o devido processo legal, AFIRMA DEFINITIVAMENTE que o PT (o Governo Lula) COMPROU com NOSSO DINHEIRO o apoio que poderia ter conseguido por convencimento político, no campo das ideias.

Como disse, preferiu o caminho mais fácil. Aliou-se a vendilhões. Deu braços à escória da política brasileira. Transformou bandidos (Sarney, Collor, Renan) em próceres da República e fiadores da governabilidade, seja isto o que for.

Nivelou-se aos mesmos. Quem corrompe é tão abjeto quanto o corrompido.

Em se tratando de Congresso Nacional, é crime de honra.

Na ditadura os mesmos que hoje são apoiadores do lulopetismo, hipotecavam apoio aos militares, por medo. Hoje metem medo nos poderosos do Planalto. E cobram – e são pagos – pela subserviência.

Estamos em boa companhia

A farsa acabou. Respeitando o Estado de Direito e a independência dos poderes. Que garante nossa cidadania.

E resta ao PT fazer uma autocrítica mínima. Que não seja o discurso de Lula – após duas semanas de sepulcral silêncio – defendendo os “instrumentos de combate à corrupção” inaugurados em seu próprio governo.

Como Lula não lê e despreza a história, talvez seja caso de alertá-lo que os líderes da base de apoio do seu governo (e mais os petistas com assento em instâncias decisórias) estão sendo condenados por uma lei de .. 1940! O Código Penal Brasileiro.

E que se valesse o desejo manifesto de Lula, a “farsa” não seria julgada. Ou seria adiada, mesmo que para tanto, a chantagem a um ministro do STF tenha sido utilizada.

A farsa da “farsa” acabou.

O que irá continuar são as agressões a todos nós por parte de sectários, agora revoltados também com o STF.

Estamos – como sempre – em boa companhia.

Fonte:http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/

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Comentário de petrúcio josé rodrigues em 3 outubro 2012 às 22:36

companheiro (agora podemos  dizer assim, sem sustos ou subtefúgios do companheirismo, utilizado como instrumentos do dolo, do furto e dos incontáveis assaltos).

AFINAL A  DEMOCRACIA TANTO FALADA,  E, TÃO DESMORALIZADA PELO GRANDE CHEFE, VOLTOU-SE  CONTRA O FEITICEIRO.

posso dizer, bem feito porque  amo o meu País e principalmente  a Nação  Brasileira.

 

Comentário de petrúcio josé rodrigues em 3 outubro 2012 às 22:17

Perfeito. Concordância verbo nominal!!!!!!!!!!!!!!

Comentário de Romildo de Paula Leite em 3 outubro 2012 às 21:35

   O começo do fim do PT:

Do PT daqueles que acreditavam sobrou apenas um retrato na parede

Não era (e é) só corrupção. Era a corrupção elevada à benfeitoria, pois que diziam roubar em nome do partido! Como se assim fosse um crime menor. Os fins justificando os meios.

O PT perdeu – por preguiça ou por descaso – o que chegou a ter, um dia, como mais valioso. A esperança que incutiu em uma nação. A proposta de mudanças.

Preferiu o caminho do aparelhamento do Estado, como cães famintos em busca de ossos. Escolheu a compra de consciências (se houvessem…) ao embate democrático e convencimento.

Abandonou quem nele acreditava. De modo sincero. Restou uma foto na parede. Substituída pelos mandados de prisão que serão emitidos.

Os acordos espúrios e o renascimento de zumbis putrefatos (Sarney, Renan, Collor, Severino, a agora MALUF, etc. etc.) defendidos como “governabilidade”.

O roubo escancarado e despudorado quando apontados, como matéria de uma pretensa “imprensa golpista”. Que vive de venda em bancas e publicidade. Jamais de patrocínios oficiais.

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Comentário de petrúcio josé rodrigues em 3 outubro 2012 às 21:14

Companheiro Romildo,

muitas trapaças e desmandos foram realizados em nome de  com panheiros de um partido assambardor chamado PT.

Vejo que os fundamentos gerais  estão inseridos no têxto a seguir:

Estamos em boa companhia

A farsa acabou. Respeitando o Estado de Direito e a independência dos poderes. Que garante nossa cidadania.

E resta ao PT fazer uma autocrítica mínima. Que não seja o discurso de Lula – após duas semanas de sepulcral silêncio – defendendo os “instrumentos de combate à corrupção” inaugurados em seu próprio governo.

Como Lula não lê e despreza a história, talvez seja caso de alertá-lo que os líderes da base de apoio do seu governo (e mais os petistas com assento em instâncias decisórias) estão sendo condenados por uma lei de .. 1940! O Código Penal Brasileiro.

E que se valesse o desejo manifesto de Lula, a “farsa” não seria julgada. Ou seria adiada, mesmo que para tanto, a chantagem a um ministro do STF tenha sido utilizada.

A farsa da “farsa” acabou.

O que irá continuar são as agressões a todos nós por parte de sectários, agora revoltados também com o STF.

Estamos – como sempre – em boa companhia.

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