O Brasil já é considerado o maior ecossistema de fintechs na América Latina. No ranking global, o país ocupa a 14ª colocação – cinco posições à frente do registrado em 2019. Entre os cinco primeiros colocados, estão Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Singapura e Suíça, respectivamente. O economista Nelson Taborda, fundador do Atlantic Bank, startup 100% digital, explicou à reportagem do Monitor Mercantil como está o segmento de fintechs e sobre a atuação da startup.Com mais de 50 colaboradores diretos, a startup pretende chegar a 100 funcionários até o fim de 2021.
“Ativamos nossas funcionalidades com um conjunto de ferramentas: cartão de crédito, conta corrente, previdência, investimentos nacionais e internacional, conta internacional e custódia de ativos digitais. Faremos uma bonificação para os primeiros 10 mil clientes com um cartão de crédito de metal, sem anuidade e acesso ilimitado a nossa conta de entrada”, diz Taborda.
A previsão de crescimento para os próximos 36 meses no Atlantic Bank, é de 250 mil clientes corporativos e 3,5 milhões de clientes pessoa física. “Hoje temos dentro da Atlantic Future, nosso braço de tecnologia, um hub com 48 fintechs em construção, e dessas, temos 19 lançadas integralmente conosco e outras 15 que consomem serviços nossos de ‘BAAS’ Banking As A Service e ‘FAAS’ Fintech As A Service”, conta o CEO.
O público-alvo do Atlantic Bank são empresas que desejam verticalizar suas receitas no setor financeiro e outras instituições privadas que queiram se tornar fintechs usando os serviços da startup. “Estamos construindo o primeiro portal Open Finance totalmente Open Source do Brasil”, disse Taborda. Veja abaixo a entrevista completa.
O mercado de fintechs sentiu muito o impacto negativo da pandemia?
– O mercado de fintechs foi o que mais cresceu no mundo durante a pandemia, tivemos um volume enorme de investimentos, são 12 unicórnios, R$ 2,9 bilhões investidos no Brasil, e o surgimento de diversos ecossistemas financeiros modernos e disruptivos como os que o Atlantic Bank desenvolve hoje.
O momento econômico não está tranquilo e é o tempo todo atingido pela tensão política. Como prosperar num ambiente desses?
– O ambiente político já tumultuou o Brasil em demasia e sempre sofremos com estas questões, porém, estamos criando uma maturidade e uma rede de proteção contra os políticos em geral. Essa rede tem trazido investimentos ao setor financeiro, e muito disto está refletido no volume investido no Brasil durante a pandemia. Empresas que criam um ecossistema forte e robusto trazem confiança ao investidor internacional, e ao mesmo tempo outras empresas como o Atlantic Bank e seu ecossistema de empresas financeiras aprendem mais rapidamente a ajudar os clientes a passarem por momentos difíceis e turbulentos de uma forma menos impactantes.
E qual o peso disso nos negócios do Atlantic Bank?
– O peso é sentido como em todo o mercado, porém conseguimos ser disruptivos e ousados no nosso dia a dia, para construir cada vez mais um ambiente de interoperabilidade e Openfinance. Cada hora que nos apaixonamos por um problema, seja qual for sua origem, temos a chance de nos reinventarmos e sermos mais disruptivos.
Qual o papel da Atlantic Bank como aceleradora de fintechs?
– Nosso papel e nossa responsabilidade neste cenário como um Hub de muitas fintechs é criar o melhor ambiente e estimular a competição. O Brasil é um território muito amplo e com muitas oportunidades a serem exploradas. Nosso sonho grande é fazer com que cada brasileiro, seja ele assalariado ou empreendedor, tenha o seu dinheiro trabalhando a seu favor, de forma rentável e inteligente, para que possamos deixar de ser uma nação de sonhadores, para sermos uma nação de realizadores.
Quais os critérios de análise para aprovação de crédito no Atlantic Bank?
– De forma geral o crédito é analisado hoje por algoritmos de inteligência artificial que tem o drive voltado para ajudar cada necessidade que lhe é posta à prova. Aliamos as maiores inovações tecnológicas ao desempenho das análises humanas para gestão de resultados que guiem cada cliente ao sucesso.
Como prevê esse segmento nos próximos anos?
– Nosso seguimento foi impactado de uma forma muito positiva de crescimento, tanto tecnológico quanto monetário, e isto fez com que nossa corrida por novidades fosse antecipada em uns 5 anos. Creio que a próxima fronteira seja interagir por voz e por biometria com nossas plataformas, e deixar a inteligência artificial nos ajudar a ter uma relação mais íntima com nossas finanças. Será um período de Money Love, e nosso romance pode gerar um casamento longo e prospero.
Como encontra-se o Atlantic Bank nesse processo tecnológico?
– Começamos a integração das contas inteligentes em uma única plataforma, assim como os comandos por voz para controlar saldo, extrato, pagamentos, autorizações de transferências, seja por Pix ou por assistente virtual, e estamos integrando o ID-Único em todo nosso ecossistema, como as autorizações de transações financeiras aprovadas por gestos e biometria facial, e o que eu acho o grande barato, a integração de nossas finanças com nossos objetos de casa, como geladeira, micro-ondas, fogão, televisão, nossa Alexa, Siri e google assistente.
Qual é o público-alvo da startup?
– Estamos pensando em todas as camadas sociais, desde aquelas sem recursos, que ganham internet para poder se educar financeiramente com o chip da Atlantic Mobile, como aquelas que ganham dinheiro em coins nas plataformas do Urbanky, superapp de eventos como no app Muzi+, plataforma de música e vídeo que você ganha dinheiro para ouvir música e assistir vídeos. Assim o Atlantic Bank, dá sua contribuição para os avanços tecnológicos e o crescimento das pessoas que é nossa motivação de existir como empresa.
https://monitormercantil.com.br/mercado-de-fintechs-foi-o-que-mais-...
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