Mesmo sem patrocinar, marcas usam Olimpíada para engajar público

[Romildo de Paula Leite]

Empresas não patrocinadoras podem entrar no assunto de jogos olímpicos, mas devem tomar cuidado para não praticar marketing de emboscada.

Marcas podem participar das conversas, mas devem ter cuidado para não ultrapassarem regras (Crédito: Wander Roberto / COB)

O patrocínio Olímpico, bem como os direitos de citar qualquer item relacionado ao evento, é algo restrito às marcas patrocinadoras dos comitês olímpicos nacionais e internacional e dos detentores de direitos de transmissão. No entanto, as marcas de fora desse círculo podem fazer parte da construção do clima da torcida.

“A marca pode falar da paixão, da torcida, mas fazer awareness em torno dos jogos é algo que chega mais próximo da ilegalidade. Essas marcas podem ser parte da conversa com os atletas e os signos do esporte, porque o esporte é maior que os Jogos Olímpicos”, diz Rodrigo Ferreira, CEO da Verse Inteligência de Patrocínio.

Com a conectividade característica da edição 2024, que se deve à mudança de comportamento de consumo esportivo, cada vez mais digital, então, existem mais espaços para as marcas associarem a sua presença e menos necessidade de burlar as regras. Isso também garantiu ao evento um crescimento nos números de patrocinadores em diferentes níveis, facilitando, inclusive, a entrada de marcas no rol de apoiadores olímpicos.

Para Giuliana Chekin, diretora de mídia da WMcCann, agência que está cuidando da comunicação do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com todos esses recursos é possível fazer parte da conversa olímpica sem burlar as regras de patrocínio.

“Idealmente, para qualquer ação relacionada a grandes eventos, como a Olimpíada, é fundamental uma assessoria jurídica, para que marca e agência estejam resguardadas em suas decisões”, explica.

 Valeria Contado

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