Descubra tudo sobre o metaverso: o que é, como surgiu, tendências e como as marcas podem aproveitar as oportunidades nesse ambiente virtual.
Metaverso é o termo usado para descrever a combinação do mundo físico com o virtual, o que permite integrar tecnologias para a criação de experiências que reproduzem a realidade.
Neste ambiente, é possível interagir com pessoas e marcas, jogar, comprar itens digitais para usar em ambientes online, participar de eventos virtuais e muito mais.
Para as empresas, a tecnologia apresenta novas oportunidades, como venda de produtos virtuais, novas maneiras de anunciar, maior aproximação com os consumidores e fortalecimento da marca no digital.
À medida que a tecnologia avança — como a chegada da internet 5G e a evolução da Inteligência Artificial —, esse conceito se torna cada vez mais relevante.
Mas, afinal, o metaverso poderá moldar o cotidiano de consumidores e empresas ou é apenas mais uma tendência? Quais os prós e contras? E como as marcas conseguirão aproveitar oportunidades nesse ambiente?
Metaverso é um universo virtual global e interconectado que visa replicar a realidade para proporcionar melhores conexões sociais.
É nesse espaço onde as pessoas podem se reunir e interagir online, geralmente por meio de avatares, que são representações virtuais de si mesmas.
A partir de tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada e internet, o usuário não apenas visualiza o ambiente, como também consegue interagir com ele e, assim, vivenciar uma experiência imersiva.
Um exemplo são as agências de publicidade que criaram escritórios virtuais nesse ambiente para realizar reuniões, conferências, eventos, entre outras atividades, com o objetivo de conectar colaboradores.
Diferentemente do que muitos acreditam, o universo virtual não é algo novo. O conceito apareceu pela primeira vez no livro Snow Crash, de Neal Stephenson, publicado em 1992.
Na obra, o autor descreve um mundo em que a realidade física é substituída por uma virtual em três dimensões, onde pessoas podem ver prédios, paisagens e passear por elas.
O termo ganhou destaque no início dos anos 2000, com o lançamento do jogo Second Life, um mundo virtual onde as pessoas podiam criar vidas paralelas no ambiente digital.
Contudo, foi apenas em 2020, com a pandemia da Covid-19, que o conceito começou a ganhar mais proeminência.
A pandemia causou uma mudança significativa na forma como as pessoas vivem e trabalham, assim como nos hábitos de consumo. Este cenário impulsionou o desenvolvimento do universo virtual.
No ano seguinte, em 2021, Mark Zuckerberg anunciou a mudança do nome do Facebook para Meta e lançou o primeiro metaverso da empresa, o Horizon Worlds.
É difícil explicar o metaverso sem mencionar as tecnologias que possibilitam a integração entre o universo físico e digital. A seguir, confira os principais conceitos que envolvem esse universo virtual:
A realidade virtual (virtual reality ou VR) permite que os usuários ingressem totalmente em um ambiente digital tridimensional (3D) que simula o mundo real.
Para isso, no entanto, é preciso utilizar óculos, fones de ouvido e outros equipamentos criados para essa finalidade. Assim, o usuário conseguirá visualizar imagens com a mesma sensação de profundidade, altura e largura quanto na vida real.
Essa tecnologia oferece infinitas possibilidades, como treinamento simulado para profissões perigosas, aulas interativas para estudantes até novas experiências de entretenimento e interação social.
Já a realidade aumentada (augmented reality ou AR) insere informações digitais no mundo físico. Ou seja, funciona de forma oposta da realidade virtual.
Um exemplo é o jogo Pokemon Go, em que os jogadores iam para lugares reais com o objetivo de capturar criaturas digitais.
Essa realidade apresenta oportunidades para as empresas se envolverem com seus clientes de maneiras novas e imersivas. No varejo, uma ideia é utilizar as vitrines para exibir produtos virtuais para que os clientes interajam.
São moedas digitais que utilizam criptografia para proteger e verificar transações, o que permite anonimato e descentralização. Um exemplo é o Bitcoin e a Ethereum. No mundo virtual, são utilizadas na compra de produtos, como itens digitais.
Blockchain é um banco de dados público, digital e descentralizado que permite transações seguras na internet.
Isso significa que, em vez de depender de uma autoridade central — como um banco ou governo — para acompanhar as transações, a própria rede mantém um registro das transações.
Cada transação é registrada em blocos que estão ligados à cadeia cronológica. Com o sistema, é possível rastrear o envio e o recebimento de informações pela internet, o que torna as transações online mais seguras.
Embora seja uma novidade, o metaverso já gera algumas divergências. Alguns argumentam que o uso excessivo do metaverso afastará as pessoas do mundo real, enquanto outros acreditam que se trata de uma plataforma poderosa para expressão e conexão.
Para as empresas, pode representar novas oportunidades a serem exploradas. Há um grande potencial para criação de experiências interativas, conexão com o público-alvo e alcance de clientes.
Inclusive, até 2030, esse mercado deve chegar a US$ 996 bilhões, o que representa uma taxa de crescimento anual de 39,8%, de acordo com pesquisa da Global Data.
Além disso, um estudo da Wildbytes revelou que em cinco anos, 70% das grandes marcas estarão presentes por lá.
Por outro lado, ingressar no universo virtual também apresenta desafios para as empresas, como incertezas sobre o futuro dessa tecnologia, necessidade de investimentos financeiros e preocupações com privacidade de dados.
Ou seja, o metaverso apresenta prós e contras para os negócios. No entanto, as marcas que conseguirem navegar com sucesso provavelmente encontrarão novos caminhos para o crescimento e o envolvimento do cliente.
As empresas estão começando a perceber o potencial do metaverso e grandes marcas já começaram a estabelecer sua presença nesse mundo virtual.
Confira, a seguir, 4 exemplos de aplicações do metaverso feito por empresas de diferentes segmentos:
Além de ter sua marca alterada de Facebook para Meta, a empresa de Mark Zuckerberg também lançou seu próprio universo virtual, batizado de Horizon Worlds.
Nessa plataforma, os usuários ao redor do mundo podem criar avatares para interagir com outras pessoas em configurações virtuais, além de criarem conteúdos em um espaço livre.
Recentemente, a Meta se uniu à Accenture e Microsoft para impulsionar ainda mais essa tecnologia. A parceria com empresas de tecnologia visa facilitar a construção de processos que envolvem a realidade virtual.
Já o Banco do Brasil criou o “Complexo”, uma plataforma própria da instituição financeira em um servidor de roleplay.
A instalação oferece funções de um banco para os jogadores, além da possibilidade de realizar tour virtual pelo prédio — que é uma réplica do Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro — e conferir exposições culturais.
Nesse espaço, também são oferecidos empregos aos personagens, como abastecedor de caixa eletrônico, que deve trabalhar com remessas de valores até dirigir carro forte.
Uma das maiores apostas da Microsoft neste mercado foi o lançamento da HoloLens 2, dispositivo que utiliza realidade mista em sua composição.
Com essa tecnologia, os usuários conseguem visualizar e interagir com hologramas no mundo real para vivenciar experiências mais realistas e interativas.
Além disso, a empresa também lançou o Mesh, uma plataforma para trabalhos colaborativos a distância, que possibilita interação com pessoas e objetos como se estivessem na mesma sala.
A marca esportiva é outro exemplo de empresa que investe nessa tecnologia. Dentro do jogo Roblox, a Nike criou o Nikeland, uma plataforma de interatividade onde os clientes podem se conectar, criar e compartilhar experiências.
A empresa ainda lançou uma coleção de NFTs. Seu catálogo é composto por mais de 20 mil tênis virtuais da marca, com preços a partir de US$ 7,5 mil.
As oportunidades no metaverso são diversas. É possível, por exemplo, criar ambientes ou eventos virtuais.
Essa ação oferece experiências únicas para os usuários e podem ser usados para apresentar produtos, hospedar conferências virtuais ou até mesmo expandir para novos mercados.
Ainda existe a possibilidade de fazer parcerias com plataformas virtuais existentes e integrar seus produtos ao site para formar conexões mais profundas com os consumidores, como é o caso do espaço da Nike dentro do Roblox.
No entanto, o mais importante é utilizar a criatividade e pensar fora da caixa. Afinal, é um universo totalmente novo, que ainda está em desenvolvimento. É preciso identificar o que o público-alvo quer e precisa para oferecer uma experiência inesquecível.
Além de conhecer a fundo os consumidores, também existem algumas dicas para viabilizar o ingresso ao metaverso:
– criação de um avatar que representa a marca;
– ingresso em plataformas que já foram consolidadas no mercado;
– definição de estratégia de privacidade de dados;
– uso de realidade aumentada ou realidade virtual;
– desenvolvimento de experiências interativas;
– consciência de que se trata de uma estratégia de longo prazo.
O metaverso está em constante evolução, com novos mundos digitais e tecnologias sendo desenvolvidas todos os dias.
Uma forte tendência, que se aplica não apenas ao universo virtual, mas aos negócios no geral, é o foco na experiência do usuário. Isto é, tudo que o consumidor sente ao interagir com uma empresa.
Neste caso, será cada vez mais comum ver ambientes virtuais ainda mais imersivos e interativos. Por exemplo, eventos criados para o consumidor com intuito de oferecer uma experiência única e memorável.
O desenvolvimento e a comercialização de NFTs (Non-Fungible Tokens) — ativos digitais que representam algo único — também promete avançar a passos largos. Atualmente, várias marcas já vendem produtos digitais, como a Balenciaga e a Gucci.
O mercado movimentou US$ 25 bilhões em 2021, um crescimento significativo em relação ao ano anterior, que gerou apenas US$ 94,9 milhões. A expectativa é que haja um crescimento ainda maior nos próximos anos.
Também há um interesse crescente no uso de ambientes virtuais para fins corporativos, como reuniões remotas, feiras, conferências virtuais e entrevistas de emprego.
Essa tendência indica que o metaverso pode ser o futuro do trabalho remoto. Bill Gates, fundador da Microsoft, já afirmou que nos próximos três anos, a maior parte das reuniões virtuais da sua empresa acontecerão em um espaço 3D com avatares digitais.
Por fim, outra tendência é o uso da inteligência artificial (IA) em mundos virtuais. Essa tecnologia é usada para criar avatares realistas e interativos, assim como para gerar traduções automáticas de diálogos entre diferentes idiomas.
A IA também é capaz de auxiliar na geração de conteúdos, como escrita com base nas experiências do usuário, criação de imagens realistas a partir de descrições textuais, além de auxiliar na criação de interfaces inclusivas.
Tudo isso simplificará o acesso das pessoas aos ambientes digitais e a interação entre humanos e mundos virtuais.
O metaverso é um universo digital, que tem como objetivo integrar o mundo virtual ao físico, para que as pessoas possam interagir, criar e se conectar com outros indivíduos e empresas.
Ainda é uma tecnologia nova e em desenvolvimento, com grandes oportunidades para as marcas inovarem, interagirem com os consumidores e criarem novos produtos.
Para isso, é importante acompanhar as tendências, como o foco na experiência do usuário, a popularização das NFTs e o uso de inteligência artificial.
As oportunidades nesse novo mundo são diversas e ainda pouco exploradas. É possível aproveitar os ambientes virtuais para apresentar produtos, organizar eventos, expandir para outros mercados, impactar novos públicos ou mesmo melhorar a integração dos colaboradores.
No entanto, para ter sucesso nessa empreitada, é crucial traçar uma estratégia condizente com a realidade da empresa.
https://www.meioemensagem.com.br/home/proxxima/2022/11/11/metaverso...
Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI